Home DESTAQUE Juninho Pernambucano dispara contra Bolsonaro: “É um filhote do WhatsApp e das fake news”

Juninho Pernambucano dispara contra Bolsonaro: “É um filhote do WhatsApp e das fake news”

O ex-jogador da seleção brasileira falou em entrevista ao jornal britânico The Guardian sobre os problemas sociais e políticos do país

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.

O ex-jogador Juninho Pernambucano, ídolo do Lyon e do Vasco, fez duras críticas ao presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em entrevista ao The Guardian. Atualmente exercendo a função de diretor de futebol do Lyon, Juninho também falou sobre a falta de empatia da elite brasileira e afirmou ainda que “milhares de George Floyds no Brasil”, se referindo ao racismo no país.

PUBLICIDADE

Cartão de crédito sem anuidade? Abra sua conta Meu BMG agora!

Siga o Torcedores no Facebook para acompanhar as melhores notícias de futebol, games e outros esportes

[DUGOUT dugout_id=eyJrZXkiOiJsRUVyQlNmYSIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==]

PUBLICIDADE

“A elite (econômica brasileira) não entende o tamanho das desigualdades financeiras no país que, se aumentarem, causarão violência. Estamos assistindo isso se desenrolar agora”, afirmou Juninho.

O ex-comentarista do Grupo Globo falou sobre a forma como o país está conduzindo os problemas causados pela pandemia do novo coronavírus. “Eu sou brasileiro, sei que somos um país pobre e nosso pessoal precisa trabalhar, mas isso (isolamento social) é uma questão de vida. Se tivéssemos um lockdown, poderíamos estar perto do fim disso, mas não”, lamentou.

Ao falar sobre o racismo no país, Juninho Pernambucano afirmou que existem “milhares de George Floyds no Brasil”, e lembrou o caso da garota Ághata Felix, morta em setembro do ano passado. “Como foi possível uma criança de oito anos ser baleada pela polícia como aconteceu no ano passado no Complexo do Alemão? Como é possível viver depois disso? Inacreditável”.

Quem também não escapou das críticas do ex-jogador foi Jair Bolsonaro, chamado de ‘filhote do WhatsApp e das fake news’ por Juninho. “As pessoas que apoiavam Bolsonaro eram maioria e foi minha decisão me afastar delas. Eu sei que algumas delas estão se arrependendo de sua decisão agora. Elas achavam que Bolsonaro era a única opção”, afirmou o dirigente, que revelou que perdeu o contato com “80% ou 90%” de sua família e amigos por questões políticas.

PUBLICIDADE

LEIA MAIS:
Oscar Schmidt admite arrependimento com Bolsonaro: “Despreparo danado para um posto tão importante”