O Super-Prass: o goleiro que ajudou na reconstrução do Palmeiras

O Palmeiras viu em 2011 o fim de uma era com a aposentadoria de São Marcos. Um goleiro que está eternizado na história do clube e da seleção brasileira aposentava suas luvas que tantas vezes fizeram milagres ao longo de quase 20 anos. Com um legado muito forte e presente, qualquer outro substituto enfrentaria problemas para assumir a meta alviverde. Com um traumática experiência com os reservas no restante da temporada, um nome experiente deveria ser contrato para o clube.

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Fernando Prass chegou ao Palmeiras em 2012 após uma grande passagem pelo Vasco. Depois de seis meses ruins com Bruno e Deola revezando no gol do clube, a diretoria decidiu investir em um nome consagrado e que poderia suprir a ausência do ídolo. A experiência do arqueiro credenciava Prass para aliviar todos os torcedores que um dia ficaram com medo do futuro do clube. No entanto, o cenário apresentado acabou sendo ainda mais preocupante. Mesmo com as atuações seguras do jogador que fez um bom primeiro ano, o péssimo elenco alviverde sucumbiu e não se encontrou durante todo 2012 até ser rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

Apesar da queda, Prass mostrou que nem tudo estava perdido. A presença do goleiro seria importante como um ponto de qualidade apurada e também de liderança de vestiário. Como um clube passava por um momento difícil de sua história ter um ponto para se segurar seria importante para a reconstrução do clube. Mesmo sendo identificado com outro grande clube brasileiro, o goleiro conseguiu aos poucos ganhar muito apreço pelo torcedor tanto pelas excelentes atuações como pelas falas em prol do elenco e da história do clube.

Com a volta para a série A do Brasileirão em 2014, Prass e o Palmeiras estreitaram ainda mais os laços. Com atuações seguras, a passagem do goleiro ficava ainda mais interessante e marcante para um clube que perdeu um dos principais ídolos da sua história. A entrada da Crefisa aos poucos melhorou a situação do elenco do Palmeiras que teve reforços chegando e vestindo muito bem a camisa do clube. No ano do centenário, ter um jogador com a identificação e liderança do gaúcho era fundamental para apresentar e gerenciar o elenco que tinha caras novas que precisam conhecer a casa nova.

A Copa do Brasil e o início do fim

Em 2015, Prass pode comemorar o seu primeiro título grande com a camisa do Palmeiras. A situação ficou ainda melhor para o goleiro que pode marcar o último gol na disputa de pênaltis diante do Santos na Copa do Brasil. O que estava bom melhorou ainda em 2016, aquele que seria talvez o último grande ano do arqueiro no clube. O título do Brasileirão foi mais um alívio para o Verdão que voltava a figurar no cenário nacional como uma equipe que tinha bons elencos e que era protagonista em qualquer competição.

Aos poucos Fernando Prass foi perdendo o espaço costumeiro no Palmeiras. Com o vice do Brasileirão que teve Jaílson como um grande destaque, o goleiro teve pela primeira vez a vaga de titular ameaçada e a chegada de Weverton em 2018 só evidenciou que mais cedo ou mais tarde seria hora de colocar um fim na ótima passagem. Com a reserva, o goleiro passou a atuar como um líder do elenco em diversas questões importantes do clube. Com o fim do contrato em 2019, o arqueiro acabou deixando o Verdão, mas recebeu todas as homenagens possíveis para o clube que mais defendeu na carreira e os maiores títulos de toda a sua trajetória.

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