Home Futebol Ex-lateral da Seleção critica “mente fechada” dos técnicos brasileiros: “É arrogante pensar que não se precisa melhorar”

Ex-lateral da Seleção critica “mente fechada” dos técnicos brasileiros: “É arrogante pensar que não se precisa melhorar”

Zé Maria esteve na seleção brasileira e trabalhou com grandes treinadores

Bruno Romão
Bruno Romão atua como redator do Torcedores.com na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Em entrevista ao jornal “The Guardian”, Zé Maria, que atuou na Seleção e teve passagem pela Inter de Milão e Flamengo, comentou sobre os treinadores brasileiros. Atualmente, nenhum profissional do país está trabalhando em um grande clube da Europa, algo que não ocorre com os argentinos.

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Além de barreiras como a língua, o ex-jogador acredita que uma certa arrogância impede que ocorra uma maior presença de comandante do Brasil no Velho Continente. Nos anos anteriores, Luxemburgo e Felipão estiveram à frente de Real Madrid e Chelsea, respectivamente, mas duraram pouco tempo nos cargos.

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“Não há treinadores do Brasil nas quatro principais ligas do mundo. Existem duas razões. Primeiro, eles desejam ir para a Europa e subir ao nível do treinador europeu. Em segundo lugar, é difícil sair do Brasil. Aqui é inverno e está 30ºC. Ouvi Muricy Ramalho, um ótimo treinador, dizendo: ‘Sou brasileiro, temos que driblar, não podemos perder isso’. Mas você não vai perder isso”

“Você pode driblar, mas com a organização por trás disso. Essas são as coisas que os brasileiros não querem fazer, sair dessa zona de conforto, crescer. É isso que temos que aprender. Os argentinos fazem isso. Pochettino, Simeone. É arrogante pensar que não se precisa melhorar”, declarou.

Além disso, Zé Maria acredita que também existe um preconceito contra treinadores negros, ausência em times de expressão.

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“Veja as grandes equipes do mundo; não há treinadores negros. O que está acontecendo (movimento Vidas Negras Importam) é bom, mas é improvável que haja uma mudança radical. A tempestade passará e tudo voltará a ser como era. As pessoas não vão parar de ser racistas”, completou.

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