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A contratação de Robinho pelo Santos há pouco mais de uma semana provocou uma onde de revolta nas redes sociais e em programas esportivos, com diversos jornalistas e comentaristas se manifestando contra a chegada do atacante – condenado em primeira instância a nove anos de prisão pela Justiça italiana por estupro coletivo – ao Peixe. Com a suspensão do acordo na última sexta (16) por causa da repercussão negativa, grupos que apoiavam o retorno do ‘Rei das Pedaladas’ se revoltaram.
De acordo com o UOL Esporte, pelo menos três jornalistas do Grupo Globo tiveram os seus números pessoais vazados e receberam ameaças de torcedores do Santos. São eles: Carlos Cereto, Rodrigo Capelo e a comentarista Ana Thais Matos, que segundo a publicação, “chegou a receber ligações e mensagens com ameaças contra sua integridade física” e precisou desativar sua conta no WhatsApp “por segurança” – a jornalista ainda reportou a situação para a Globo, que contatou as autoridades.
Carlos Cereto também precisou desativar seu WhatsApp na última terça (13) por causa dos ataques, e desde então também está sem um contato telefônico direto. Segundo o UOL, o apresentador “também tomará medidas legais contra os trolls e tenta rastrear a origem dos ataques”.
No caso de Rodrigo Capelo, o jornalista chegou a se manifestar através das redes sociais. “Desde a noite de ontem, bloqueie 600 números de celular e apaguei cerca de 3.000 mensagens com xingamentos e ameaças. Também aconteceu com @mariliaruiz, @anathaismatos e @carloscereto por causa do caso Robinho. Às milícias digitais, meu lamento. Continuaremos a fazer jornalismo”, escreveu.
Desde a noite de ontem, bloqueei 600 números de celular e apaguei cerca de 3.000 mensagens com xingamentos e ameaças. Também aconteceu com @mariliaruiz, @anathaismatos e @carloscereto por causa do caso Robinho. Às milícias digitais, meu lamento. Continuaremos a fazer jornalismo.
— Rodrigo Capelo (@rodrigocapelo) October 17, 2020
Ainda de acordo com a publicação, a Globo já está ciente de todos os casos, e está assustada com a situação por considerar uma onda de ataques graves aos seus contratados. Diante desse cenário, o caso já está nas mãos da Polícia especializada em crimes virtuais, e a emissora carioca está dando suporte jurídico e de segurança pessoal para os jornalistas envolvidos.
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