Home Extracampo 10 anos depois, Dorival Júnior detalha demissão após briga com Neymar e fala de caso Robinho: “Quero acreditar nele”

10 anos depois, Dorival Júnior detalha demissão após briga com Neymar e fala de caso Robinho: “Quero acreditar nele”

O jogador quis bater um pênalti mesmo após o treinador ter falado para ele não cobrar

Rogério Araujo
Jornalista formado pelo Centro Universitário de Brasília - UNICEUB. Colaborador do Torcedores desde 2017. Dono do canal Séries e Filmes no Instagram.

10 anos após sua demissão no Santos devido a uma briga que teve com Neymar, que começou no campo e foi até no vestiário, o técnico Dorival Junior relembrou o ocorrido.

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“Neymar tinha batido três pênaltis e perdido os três —inclusive um na decisão da Copa do Brasil. Eu sugeri a ele que continuasse treinando e que parasse de bater um pouco, para que não se expusesse. Disse ’em um mês, você volta a bater, não tem problema nenhum’. Ele concordou. Só que, naquele dia, ele já havia discutido com o Edu Dracena em campo e, quando se desentendeu com o Roberto Brum, tive de intervir. Logo em seguida vem o pênalti, ele pega a bola e coloca embaixo do braço. Como já tinha falado com ele, fui até lá e reiterei a recomendação”, disse Dorival em entrevista ao Uol Esporte.

O treinador ainda revelou que tudo foi esclarecido entre os dois, mas a diretoria tomou uma decisão que ele não imaginava.

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“Ele não teve uma reação legal na hora, mas depois conversamos e ficou tudo bem. Só que a diretoria não entendeu dessa forma e tomou uma posição contrária à que eu imaginava que fosse tomar”, completou ele.

“Quando você tem uma forma de agir, ela precisa ser colocada da mesma maneira tanto para um garoto que acabou de começar quanto para um jogador que já tem nome, senão você é cobrado depois. Eu precisava manter meu posicionamento, a disciplina precisa ser mantida em qualquer situação. Nenhum profissional é mais importante do que a entidade, e o Santos Futebol Clube tinha que ser respeitado. Eu sabia que o Neymar tinha infringido uma lei, uma lei interna nossa, de amigos, de pessoas que se respeitam. Eu precisava manter meu posicionamento. Neymar se redimiu, a gente se acertou, mas a diretoria preferiu me desligar”, disse o treinador.

Caso Robinho

O treinador também falou sobre o caso Robinho. O jogador foi condenado em primeira instância por estupro coletivo na Itália e chegou a ser recontratado pelo Santos recentemente, gerando uma grande polêmica.

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“Quero acreditar nele. Vivemos em um mundo muito violento, mulheres são atacadas todos os dias. Por isso, é natural que uma situação dessas tenha de ser esclarecida. Torço por ele e pela pessoa que ele sempre demonstrou ser no período em que estivemos juntos, mas que tudo se esclareça”, disse.

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