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Galhardo evita falar sobre Coudet, pede mais tempo a Abel e lembra que mudanças não ocorrem “do dia para a noite”

Meia-atacante colorado Thiago Galhardo não conseguiu se destacar em Inter 0x1 América-MG

Por Eduardo Caspary em 12/11/2020 14:59 - Atualizado há 5 anos

Foto: Divulgação/Inter

Foi sob comando de Eduardo Coudet que Thiago Galhardo viveu os melhores momentos da carreira e agora o seu desafio, já imediato, é manter o nível com Abel Braga. Algo que o atacante não conseguiu na estreia do novo técnico, nesta quarta, na derrota do Inter de 1×0 para o América-MG em casa pela ida das quartas da Copa do Brasil.

Depois da derrota para os mineiros, Galhardo evitou falar do técnico argentino e até minimizou o fato de a sua grande fase ter sido com ele. E, nesta mesma linha, pediu tempo para Abel colocar as suas ideias em prática:

“Eu tive um ótimo momento (com Coudet), mas venho crescendo nos últimos anos. Aqui elevei os números, porque o nível de competividade é maior. Mudou o treinador, o pensamento e temos que nos adaptar. Não é do dia para a noite. Demoramos na pré-temporada com Coudet e agora precisamos dar tempo ao Abel. Eles vieram com a proposta de marcar e conseguir na bola parada, estão de parabéns, conseguiram. Teremos mais 90 minutos. Eu tive um chance e errei. As coisas mudam, mas mudam pra melhor, tenho certeza”, lamentou o jogador colorado.

Para se classificar às semifinais da Copa do Brasil, na quarta que vem, o Inter precisa vencer o América-MG por dois gols de diferença. Antes, no sábado, às 16h30, o colorado visita o Santos pelo Brasileirão.

Confira também os principais destaques da entrevista pós-jogo de Abel:

Entrada e saída de Peglow:
“É a primeira vez que eu faço isso que eu fiz com o menino (Peglow), que entrou no lugar do Patrick. Eu tive que fazer algo diferente. Não podia trocar seis por meia dúzia. Risco eu vou correr sempre. O garoto não tem 200 minutos no profissional. Sentiu um pouquinho. Mas vocês podem ter certeza: esse menino (Peglow), pelo que eu vi ontem (no treino), vai entrar bastante. Ontem, acabou o treino do pessoal que ia jogar, e fui olhar o treino do pessoal que não ia começar. E fiquei encantado com esse menino (Peglow). Perguntei o nome dele, eu não sabia. Hoje eu senti que, em alguns momentos, a coisa não correu bem, em uma determinada jogada ou outra, e ele sentiu um pouquinho. E eu só estava ali: ‘garoto, vamos, vamos’. Eu tinha que tentar sair daquilo que era mais claro para o adversário. Amanhã vou chamá-lo pra conversar e não tem nada de ficar cabisbaixo não. Vou dar moral e ele vai ter oportunidade pra mostrar o jogo dele”

O “1 contra 1” e passes para trás:
“O jogador ou ele tem essa característica (de drible, no um contra um) ou não tem. O que não pode acontecer é ele ter e não tentar. Tem que tentar, ir pra cima. O que me preocupou um pouco foi que tivemos pouquíssimas faltas a favor. Perto da área, do lado da área. E isso provou, e não é esse o normal, que tivemos poucas ações no um pra um. Também achei muitos passes para trás. Pode ser a confiança. Temos que arriscar, tentar o passe, procurar o companheiro”.

Fator Coudet ainda refletindo no grupo:
“Pode ser. Foi uma situação atípica. O Coudet estava fazendo um excelente trabalho, e, de repente, ele sai. Você vê que eu não mudei a maneira de jogar, não mudei a equipe. Tentamos marcar alto. Se tivesse ganho, teria ganho o time do Coudet. Eu não iria pegar as flores para mim. Mas perdeu e eu estou aqui, sou o responsável pela derrota”.

Time tenso
“Senti a equipe tensa. Acho que procuramos ter atitude. É uma pena, mas não está decidido. Agora, temos de virar a chave, para uma competição difícil em que estamos liderando. É tentar fazer o melhor possível”.

Confiança e promessa de luta por títulos
“Não acabou ainda. Ouvi ali dentro que faltou a intensidade de outros jogos, mas que a coisa não corria bem já há uns três jogos. Eu não tenho só que ver, ou sentir. Eu tenho escutar muito. Tenho que ter a humildade de escutar. Mas você pode ter certeza que eu farei o possível e o impossível para dar um título ao Inter”.

Sem mudanças
“Peguei uma equipe que está em uma condição muito boa. Me falaram ali dentro, estou escutando mais que falando, que a equipe já não vinha bem havia dois ou três jogos. Imagina se eu mudo duas, três peças. Ou quatro, não importa. Eu tenho que entrosar esses caras. Acha que eu vou entrosar como foi ontem? Com 13 minutos de treino?”.

Erros táticos
“Nós tivemos um erro bem nítido, de não conseguir fazer a marcação alta como eles estão acostumados. Nós não conseguimos nos atinar com o posicionamento do Zé Ricardo (volante do América). O desequilíbrio numérico foi feito pelo Zé Ricardo. Nós insistimos um pouco na saída de três. Por que você vai fazer a saída de três se é só contra um (atacante na marcação)? Acho que a gente telegrafou demais o que ia fazer, e isso facilitou para eles”.

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