Home Futebol Jean Pyerre dá presente ao pai, que relembra luta contra a Covid: “Chamaram minha família pra se despedir de mim”

Jean Pyerre dá presente ao pai, que relembra luta contra a Covid: “Chamaram minha família pra se despedir de mim”

Eduardo Corrêa, pai do jogador Jean Pyerre, viveu dias muito difíceis em função do coronavírus

Por Eduardo Caspary em 13/11/2020 19:08 - Atualizado há 5 anos

Foto: Reprodução/RBSTV

Se Jean Pyerre andava com a cabeça distante, desconcentrado e longe de suas melhores atuações entre o final de julho e agosto, a justificativa estava fora de campo. E deitada em um leito de hospital. Era lá que Eduardo Corrêa, pai do jogador, lutava dia após dia pela vida em função do agravamento do quadro de Covid-19.

Foi difícil, sofrido, desafiador. Mas Eduardo se recuperou e, pouco a pouco, passa a viver dias mais felizes. Como na última quarta-feira, quando o filho marcou um gol de pênalti na vitória de 2×1 sobre o Cuiabá pela Copa do Brasil e foi eleito o melhor em campo. O troféu de homem do jogo, claro, foi para o pai.

A dramática batalha pela vida contra o coronavírus ganhou um relato emocionante de Eduardo à RBSTV e Globoesporte.com:

“No primeiro dia cheguei muito mal em casa, falei para minha esposa que estava mal, ela falou para tomar um banho e nisso eu apaguei. No outro dia prometi para meu supervisor que iria fazer horário extra. Fui trabalhar. Cheguei pior de noite, fui para o hospital, me mandaram ficar em isolamento em casa. A doutora ligou no terceiro dia, eu estava com 41 graus de febre e ela me mandou urgente para o hospital. No dia 5 de agosto eu passei mal, vomitei, aspirei o vômito, entrei em parada cardíaca. A presidente do hospital pediu que fizessem o possível e impossível para salvar a minha vida. Chamaram minha família para se despedir de mim. Me colocaram em posição de prona, e foram controlando os sinais, até que na última tentativa, resolveu usar o aparelho, é um pulmão por fora do corpo, que o sangue circula ali. Foi o que me salvou. Aquela última tentativa. Por eles eu já tinha me dado como morto. Foram duas paradas cardíacas em 14 minutos e 25 dias em coma”, declarou Eduardo.

Jean Pyerre, que participou da entrevista ao lado do pai, recordou os momentos de sofrimento:

“As pessoas talvez não sabiam um terço do que tinha acontecido. Notícia de que o meu pai tinha falecido. Passa um filme, do gol que fiz, ter sido o melhor do jogo, foi mais um alívio, de poder ter dado a volta por cima”, comentou.

Jean Pyerre é o novo camisa 10 do Grêmio

Após três jogos seguidos em campo e sem sentir dor, demonstrando a sua habitual qualidade, o jogador gremista foi recompensado com a camisa 10 em uma iniciativa do técnico Renato Portaluppi, que citou “merecimento” e “responsabilidade”:

“Ele merece, por tudo que representa pro grupo. E ao mesmo tempo, é uma maneira de passar uma responsabilidade muito grande pra ele. Volto a repetir, ele é muito importante pro Grêmio. Procuro dar os melhores conselhos para ele crescer. A gente sentia a falta dele quando estava fora. Torcemos para que continue assim. É uma maneira de passar uma responsabilidade”, comentou o técnico ao GE.

Com a camisa 10 às costas e Eduardo, firme e forte, na torcida, Jean Pyerre é opção do Grêmio neste sábado, 19h, diante do Ceará, na Arena, pelo Brasileirão.

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