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Robinson Canó e 8 outros casos famosos de doping na MLB

Canó é o mais recente caso em uma liga que luta há décadas contra o doping

Thais May Carvalho
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e mestranda de Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo, sou colaboradora do Torcedores.com desde 2020. Escrevo sobre diversas modalidades, com foco mais voltado para futebol americano, beisebol, surfe, tênis, futebol, hóquei no gelo e basquete.

Dentre as quatro grandes ligas dos esportes americanos, a MLB é, sem dúvida, a que mais tem problemas com casos de doping. Pense bem: qual foi a última vez que você viu uma grande estrela da NFL, da NHL ou da NBA ser suspensa por usar drogas para melhora de performance? Já na Major League Baseball, vários dos grandes jogadores da história do esporte foram implicados em casos desse tipo.

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O mais recente deles é Robinson Canó, dos Mets. Nesta semana, pela segunda vez em sua carreira, Canó testou positivo para uso de substâncias suspeitas. Com isso, o atleta foi suspenso da próxima temporada e não receberá o salário de US$ 24 milhões. Em 2018, quando estava no Seattle Mariners, o segunda base usou diuréticos, que são comumente utilizados para esconder drogas que melhoram a performance.

Confira a seguir outros oito casos famosos de doping na Major League Baseball.

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Barry Bonds

Sem dúvida, quando se fala de esteróides na MLB, um dos primeiros casos que as pessoas lembram é o de Barry Bonds. Detentor de dois recordes históricos (mais HR em uma temporada e mais HR na carreira), o outfielder dos Giants foi considerado culpado em 2007 por mentir diante o júri, dizendo que não havia utilizado esteróides. O testemunho foi parte do caso BALCO, no qual treinadores da empresa (inclusive o treinador de Bonds) foram acusados de fornecer a substância para diversos atletas. Como consequência, apesar de ter uma carreira histórica, ele ainda não entrou no Hall da Fama. Vale lembrar que naquela época, os atletas não eram punidos por doping na MLB.

Crédito foto: Donald Miralle/Getty Images

Mark McGwire

Assim como Bonds, McGwire foi um rebatedor dominante nos anos 90, mas sua carreira também está manchada por conta do uso de esteróides e testosterona. Depois de anos negando as acusações, em 2010 o ex-jogador disse: “Eu gostaria de nunca ter tocado em esteróides. Foi uma tolice e foi um erro. Eu realmente peço desculpas. Olhando para trás, eu gostaria de nunca ter jogado durante a era dos esteróides.”. McGwire ainda não conseguiu entrar no Hall da Fama da MLB.

Crédito foto: The Sporting News/Sporting News via Getty Images

Roger Clemens

Considerado um dos melhores arremessadores do baseball e vencedor de sete prêmios Cy Young, Clemens foi acusado pelo seu treinador, Jason Grimsley, e por outros atletas de usar esteróides, anfetaminas e hormônios de crescimento. Ele sempre negou as alegações, inclusive sob juramento no congresso norte-americano, o que acabou resultando em diversos processos por perjúrio. Apesar de ser declarado inocente, o mundo do baseball parece ter certeza dos casos de doping de Roger Clemens, que ainda não entrou no Hall da Fama.

Crédito foto: SPX/Diamond Images/Diamond Images via Getty Images

Sammy Sosa

Conhecido como um dos melhores rebatedores de todos os tempos, Sammy Sosa jogou na era dos esteróides e se tornou ídolo dos Cubs. Em 2009, o New York Times revelou em uma reportagem que Sosa era um de vários atletas que haviam testado positivo para esteróides em 2003, e ele chegou a testemunhar sobre o caso no congresso. No entanto, o outfielder sempre negou as acusações e não se sabe ao certo se ele realmente fez uso de substâncias ilegais. Mesmo assim, seu legado no esporte está permanentemente ligado ao doping, e por isso ele também não está no Hall da Fama.

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Crédito foto: Sporting News Archive/Sporting News via Getty Images

José Canseco

Em 2005, José Canseco admitiu usar esteróides no seu famoso livro “Juiced: Wild Times, Rampant ‘Roids, Smash Hits & How Baseball Got Big”. No entanto, Canseco não só falou que utilizou tal substância, mas que 85% dos atletas de sua época também usaram, e que ele mesmo  injetou esteróides em companheiros de time. Alguns jogadores nomeados pelo outfielder foram Mark McGwire, Jason Giambi, Rafael Palmeiro e Iván Rodríguez. Apesar das acusações, Canseco afirmou que “enfatizamos exageradamente os esteróides e não a capacidade atlética e as habilidades dessas pessoas. Estamos tirando o trabalho árduo do atleta e dizendo que ele se tornou ótimo apenas por causa dos esteróides.”.

Crédito foto: Otto Greule Jr/ Getty Images

Manny Ramirez

Um rebatedor dominante durante o seu auge, Manny Ramirez testou positivo duas vezes em exames antidoping no final de sua carreira. A primeira vez foi em 2009 nos Dodgers, quando foi detectado o uso de um hormônio de fertilidade feminino, que é utilizado para restaurar a produção normal de testosterona no corpo depois de se usar esteróides. Já a segunda vez aconteceu em 2011, quando Ramirez estava nos Rays. Durante o training camp, ele testou positivo para substâncias ilegais em duas amostras, o que fez com ele decidisse se aposentar (embora tenha voltado a jogar depois). Entre os dois casos, Manny Ramirez pegou 150 jogos de punição.

Crédito foto: Jed Jacobsohn/Getty Images

Alex Rodriguez

A-Rod foi mencionado por usar substâncias ilegais por José Canseco e no caso BALCO. As alegações eram de que ele utilizou esteróides e testosterona entre 2001 e 2003, quando estava no Texas Rangers e ganhou seu primeiro MVP. Eventualmente, o atleta confessou que havia se dopado nessa época e disse “Eu era jovem, fui burro, fui ingênuo. E queria provar a todos que era um dos maiores jogadores de todos os tempos. Tomei uma substância proibida. E, por isso, lamento muito e me arrependo profundamente.”. No entanto, em 2013 ele foi um dos atletas envolvidos no caso Biogenesis, que era uma clínica que fornecia substâncias ilegais, em especial hormônios de crescimento. Por conta desse segundo acontecimento, A-Rod foi suspenso sem pagamento por toda temporada de 2014.

Crédito foto: Icon Sports Wire/Corbis at Icon Sportswire via Getty Images

Ryan Braun

Em 2011, ano em que Ryan Braun ganhou o MVP na Liga Nacional, um teste mostrou um nível extremamente alto de testosterona em seu sangue. Porém, ele acabou ganhando a apelação (feito inédito na liga) quando uma segunda amostra foi testada. Na época, ele fez graves acusações contra a reputação de Dino Laurenzi, a pessoa que coletou a primeira amostra. Já em 2013, Braun também foi implicado no caso Biogenesis. O outfielder recebeu uma suspensão de 65 jogos, 15 a mais que a maior parte dos outros atletas (como Bartolo Colón, Nelson Cruz, Melky Cabrera, Jhonny Peralta e Yasmani Grandal), justamente por conta do que ele havia dito contra Laurenzi anos antes.

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Crédito foto: Dilip Vishwanat/Getty Images