O ex-jogador da Juventus e da seleção italiana, Paolo Rossi, campeão e artilheiro da Copa do Mundo da Espanha de 1982, faleceu na quarta (9) aos 64 anos, em decorrência de um câncer no pulmão diagnosticado recentemente, segundo informações do jornal “Gazzetta dello Sport”.
Rossi foi o “carrasco” do Brasil no terceiro jogo da segunda fase do Mundial de 82, conhecido por “Tragédia de Sarriá”, ao assinalar os três gols da Itália na vitória sobre os brasileiros por 3 x 2, que eliminou a seleção canarinho da competição.
Em seu depoimento ao livro “Brasil 82 – O Time Que Perdeu a Copa e Conquistou o Mundo”, publicado pelo comentarista, treinador e ex-jogador Paulo Roberto Falcão, lançado em 2012 pela editora AGE, Paolo Rossi falou sobre a partida e disse jamais ter imaginado de que entraria para a história como “um dos grandes jogos do século”.
O livro reúne relatos de vários jogadores que fizeram parte da seleção brasileira de 1982, como Zico, Júnior, Toninho Cerezo, Sócrates, Éder e do próprio Falcão, entre outros, recontando a trajetória daquela equipe comandada por Telê Santana que perdeu a Copa da Espanha, mas encantou o mundo com seu “futebol arte”.
Confira abaixo alguns trechos do relato de Paolo Rossi publicado no livro “Brasil 82 – O Time Que Perdeu a Copa e Conquistou o Mundo”, de Paulo Roberto Falcão:
“Jamais teria imaginado que Itália x Brasil de 82 entraria para a história do futebol como um dos grandes jogos do século. Uma partida memorável, jogada de igual para igual e de forma aberta por ambos os lados”
“A partida contra o Brasil marcou a minha vida (…) Naquele dia eu me sentia forte como um leão e leve como uma gazela (…) O meu primeiro gol foi o mais importante de toda a minha carreira. Eu o recordo como o mais retumbante de minha vida”
“Sabíamos estar diante de um dos melhores times de todos os tempos; eu os havia visto disputando as partidas anteriores e eles me pareciam marcianos (…) Jogadores extraordinários e talentosos como Zico, Falcão, Sócrates, Júnior, Cerezo, Éder…”
“Nenhuma equipe do mundo, porém, é invencível e naquele dia eles encontraram a seleção italiana particularmente inspirada. Nada nem ninguém pararia os 11 mosqueteiros azzurri”
“Certamente a Itália puniu a presunção e a arrogância do Brasil. Nós fomos mais efetivos e cínicos. Após o apito final, que recompensava a Itália e eliminava definitivamente o Brasil, minha cabeça explodiu; fiquei aturdido como por um feitiço, inebriado de alegria (…) E eu era o protagonista, o personagem principal, mas isso eu só entendi mais tarde”
Neymar relembra que foi vítima de racismo e defende ações mais duras contra o preconceito: “Não podemos aceitar isso” – https://t.co/rtglHPQHrh pic.twitter.com/qTmbbBm0cp
— Torcedores.com (@Torcedorescom) December 10, 2020