Home Futebol Medeiros passa a limpo a gestão no Inter, lamenta falta de títulos e dá novos bastidores da saída de Coudet

Medeiros passa a limpo a gestão no Inter, lamenta falta de títulos e dá novos bastidores da saída de Coudet

Presidente colorado Marcelo Medeiros está prestes a passar o bastão para Alessandro Barcellos

Eduardo Caspary
Eduardo Caspary é jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014, com Especialização Digital feita entre 2016 e 2018 na mesma universidade. Apaixonado por esportes, em especial futebol e tênis. Mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Prestes a fazer o seu último jogo como presidente do Inter no próximo domingo, 16h, fora de casa, diante do Bahia, o ainda mandatário Marcelo Medeiros passou a limpo os quatro anos de gestão no clube em entrevista concedida ao site Globoesporte.com nesta semana.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Medeiros admitiu a frustração pela falta de títulos e deu novos bastidores da saída de Coudet, como o pedido do treinador pela contratação do zagueiro argentino Sigali, do Racing, e da surpresa dos próprios auxiliares com a decisão de ir para o Celta de Vigo da Espanha.

Acompanhe as principais aspas de Medeiros:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Falta de títulos:

“Faltou a alegria do título. Mas não faltou a alegria da superação dos obstáculos. Ter a consciência que tu fizestes o trabalho, tu resgatas o time para o seu devido lugar e volta a ser protagonista de todas as competições é sempre uma satisfação”

Eleições turbulentas no clube:

PUBLICIDADE

“Contaminou o clube. Não só o futebol. Foi um processo eleitoral muito bélico. Eu acho que a gente tem que colaborar com a pacificação do clube. Uma instituição que tem quatro candidatos à presidência no primeiro turno e 11 chapas concorrendo ao Conselho Deliberativo acende um alerta. A gente tem que ter menos grupos políticos, mais entendimento com os que já existem. Na primeira reunião que fizemos com o Conselho de Gestão eleito, eu me coloquei à disposição do Alessandro para ajudar no que for preciso”

PUBLICIDADE
Jejum de 11 Gre-Nais:

“Quando eu fui vice-presidente de futebol, nós tivemos 10 confrontos de Gre-Nais. Ganhamos cinco, empatamos quatro e perdemos o último. É óbvio que o histórico, principalmente do Coudet, nos Gre-Nais incomoda. Mas eu acho que é pegar só a parte ruim. Vamos pegar a parte desde o início. São 110 anos de rivalidade. A gente trabalha para reverter isso. Uma hora, o clube reverte, e a gente volta para a hegemonia de futebol de Porto Alegre”

Saída de Coudet:

“Eu acho que a gente fez o melhor que a gente podia. Era um projeto de longo prazo, de dois anos, que vinha no crescente. Eu não sei se foi um cenário político que se avizinhava de uma maneira conturbada. Eu não sei se o treinador viu que aquele grupo da forma que ele gostava de jogar tinha batido no teto, ou se foi uma oportunidade que ele encontrou de ir para o mercado espanhol. A decisão é dele. Não estava no nosso alcance segurar a presença do Coudet em Porto Alegre”

Nem os auxiliares de Coudet sabiam do Celta:

PUBLICIDADE

“O curioso é que duas semanas antes, ele esteve no Bem, Amigos, deu uma entrevista por quase uma hora e 20 minutos e encantou a todo mundo com simpatia, conhecimento de futebol brasileiro. Mas principalmente pelo seu ambiente no clube e pela sua relação com Rodrigo Caetano (executivo). Então essas teorias conspiratórias de que houve desentendimento no vestiário não têm lógica. Tanto não têm lógica que seus auxiliares não sabiam que ele tinha a intenção de deixar o Inter”

Houve respaldo da direção a Coudet?

“Posso tirar a máscara para rir? O Coudet chegou, me pediu um jogador que trabalhava com ele (Musto), esse jogador veio. Nós perdemos ao longo do ano três atletas importantíssimos (Guerrero, Boschilia e Saravia). Veio o Abel (Hernández). Ele (Coudet) mostrou imagens do Leandro Fernández, que veio. Nós entendemos que a equação que fizemos com a saída do Pottker e a vinda do Mauricio é importante para o futuro do clube. Entendemos que o Yuri Alberto seria um jogador importante para o presente e principalmente para o futuro do clube”

Coudet queria zagueiro argentino Sigali, e direção respondeu com Moledo:

PUBLICIDADE

“O Coudet queria muito um zagueiro argentino. E nós entendíamos que o Rodrigo Moledo estando no grupo tinha que jogar. O respaldo vai até o limite de quem tem a hierarquia do clube. Se eu tenho um atleta como o zagueiro que temos, eu não vou contratar outro. Ele pediu o Lucas Ribeiro. E ele não botava o menino para jogar. Então, não pode ficar empilhando jogador a cada tropeço e botar a culpa na direção porque não tem respaldo. Acho que ele foi respaldado. Não tem mágoa nenhuma por ele ter ido trabalhar na Espanha”

 

PUBLICIDADE
Better Collective