Roger explica que saiu do Grêmio para “ajudar” gestão Bolzan e diz que treinaria o Inter: “Tranquilamente”
Técnico Roger Machado concedeu entrevista nesta semana aos jornalistas Luciano Potter e Rafael Diverio
Aos jornalistas Luciano Potter e Rafael Diverio, do Grupo RBS, nesta semana, o técnico Roger Machado concedeu longa entrevista e deu detalhes da sua decisão de ter deixado o comando do Grêmio no início do segundo turno do Brasileirão de 2016.
O pedido de demissão ocorreu após uma derrota fora de casa por 3×0 para a Ponte Preta, em Campinas. No vestiário do estádio, o presidente Romildo Bolzan Jr ainda tentou convencer Roger a ficar, mas a decisão do treinador era irrevogável e, segundo ele, até como forma de ajudar Bolzan a permanecer no clube:
“Contra a Ponte Preta, era o quinto jogo que a gente não vencia. Quando pedi demissão. Foi logo no início da dupla Geromel e Kannemann. Entendi que precisava interromper aquela situação de desgaste externo em função dos maus resultados, compreendendo que o melhor era a minha saída. Romildo tentou me demover da ideia, mas ali foi uma decisão política, digamos assim, porque lembro que logo em seguida haveria eleição. A minha leitura foi que aquele trabalho da gestão precisava continuar. Eu sabia que os resultados iriam acontecer e que o campo precisava estar bem no momento da eleição. Não sei se faria diferente hoje”, comentou o técnico gaúcho, que fez elogios ao seu sucessor Renato Portaluppi:
“O meu trabalho de um ano e meio foi proporcionado pela mudança de jogo. E falo à vontade do Renato. Joguei com ele e fui jogador do Renato no Fluminense. Cheguei no Grêmio por convite dele e do Cesar Cidade Dias para ser auxiliar. E os times do Renato sempre jogaram pra frente, com bom futebol. É a capacidade e desejo dele. O que permaneceu (do meu time) foi a forma de jogar. Acho que às vezes as pessoas, pelo estilo do Renato, diminuem a capacidade que ele tem de ver o jogo. O fato de eu pegar um livro pra estudar não quer dizer que eu saiba mais. Talvez o Renato veja muito mais jogos que eu. Ele tem uma sabedoria grande”, acrescentou.
Roger Machado treinaria o Inter
Apesar do seu passado bastante vitorioso com a camisa do Grêmio, principalmente como jogador na década de 90, Roger afirma que treinaria o Inter em caso de convite:
“Tranquilamente. Não tenho o porquê de não pensar num grande clube como o Internacional. Até porque, desde quando eu era jogador, a relação de respeito e carinho que eu sou abordado na rua, pelos colorados, sempre me chamou atenção. Hoje menos, em função da pandemia e das máscaras, mas, passeando com meus cachorros no meu condomínio, por exemplo, alguém me passou e fez essa pergunta. A minha formação como treinador é para trabalhar nos grandes clubes”, projetou.
Atualmente, Roger está disponível no mercado desde que foi demitido do Bahia ainda em meio ao Brasileirão.
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