Home Futebol Novo titular da zaga, futuro pós-fevereiro e “troféu” para Moledo: Abel Braga atualiza temas do Inter

Novo titular da zaga, futuro pós-fevereiro e “troféu” para Moledo: Abel Braga atualiza temas do Inter

Experiente treinador Abel Braga concedeu entrevista à Rádio Gaúcha durante a noite desta quinta-feira

Eduardo Caspary
Jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014. Dupla Gre-Nal.

Em entrevista concedida na noite desta quinta-feira à Rádio Gaúcha, o técnico Abel Braga, dentre outros assuntos, confirmou que Lucas Ribeiro é o novo titular da zaga do Inter, despistou sobre o seu próprio futuro, falou do jejum em Gre-Nais e prestou uma imensa reverência ao profissionalismo do lesionado zagueiro Rodrigo Moledo. Confira as principais aspas:

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Lucas Ribeiro é o novo titular do Inter:

“Se ele entrou contra o Atlético-MG fora de casa, que é o time que mais marca gols (na verdade é o segundo melhor ataque do Brasileirão, com 48 gols). Ele estreou lá, fora de casa, e foi muitíssimo bem. Então, com certeza é ele que começa, não tem a menor dúvida disso. Ele é um zagueiro completo, não se apavora com nada. Você vê que em dois jogos eu coloquei o Lucas, inclusive, para dar um sustento melhor como volante. É de um nível muito alto. Ele é diferente para a idade, não se perturba com nada. Está encarando com muita seriedade, o que é importante, porque daqui a pouco vem o desleixo, e ele te leva a erros que podem custar caro. Mas ele vai estar lá no próximo jogo e para nós é um garantia”

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Futuro da carreira:

“Pela minha cabeça isso passa (se tornar coordenador-técnico). Um ou outro clube já me questionou se eu gostaria de assumir este cargo quando eu parar de treinar. Mas quando eu parar. Não vão me parar com outro cargo. Não é por aí. Quando eu decidir, deu. Mas eu já posso te adiantar, não vou ficar treinando mais do que dois anos depois deste Brasileiro. Não sei. A ideia é essa. No momento, pode ser até que eu venha tomar esta decisão. Mas sou eu quem vai tomar esta decisão, não vai ser por convite. Eu que tenho de saber a hora de parar”

Marcas no Inter:

“Eu fui uma peça de uma grande engrenagem que foi a conquista da primeira Libertadores e do título do Mundial. Só que eu me tornar o treinador que mais treinou este clube centenário, gigante, que eu gosto e eu adoro… Quando eu jogava no Vasco, não saía depois do jogo com os meus colegas, mas com os meus colegas de faculdade. Os maiores amigos que eu fiz no futebol foi aqui em Porto Alegre. Não dá para imaginar o que vai acontecer. Ser o técnico que mais treinou o Inter vai ser mais importante para mim. Vai ser maior do que tudo. Esse clube tem mais de cem anos”

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O seu primeiro time no Beira-Rio:

“No meu primeiro título, tinha Edu Lima, Maurício, Nilson, Flores, muita gente. O Aguirregaray com aquela perna que parecia um alicate (risos). O Casemiro… Tudo aquilo que aconteceu, eu fui uma engrenagem. Não foi o Abel que ganhou, eu só estava junto. Agora, eu ser o cara que mais treinou,. Isso não tem preço. Tomara que papai do céu não me pregue nenhuma peça até o final. Depois eu perco um jogo ou outro e sou despedido (risos). Pelo amor de Deus! Se isso acontecer, vou ajoelhar e dizer: “Me deixa terminar aqui, pelo amor de Deus!” Esse vai ser o maior troféu. Vai simbolizar tudo aquilo que eu fiz até hoje no Inter”

Gre-Nal do dia 24 de janeiro no Beira-Rio:

“Participar de um Gre-Nal é sempre muito bom. Um dos grandes motivos de não estar conseguindo ganhar do grande rival é o fato de estar entrando pilhado com a necessidade excessiva de vencer. Nos últimos clássicos que eu vi, o Inter estava muito intranquilo para querer vencer e o Grêmio muito à vontade. Para melhorar a performance, tem de ter equilíbrio. Depois, não pode deixar uma equipe da qualidade do Grêmio, bem treinada e trabalhada pelo Renato, ficar numa zona de conforto. Eles estão muito tranquilos dentro do jogo e nós temos que atrapalhar isso aí um pouquinho”

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Lesão grave no joelho de Moledo:

“Um pouco da responsabilidade desse bom momento que vivemos é do Moledo, que entrou e deu uma consistência boa na defesa. (A lesão) Tem um pouco daquele jogo contra o Boca, em casa, que um deixou pro outro e tomamos o gol. Desde lá eu tenho falado pra eles que é melhor ir dois do que nenhum. E aconteceu de o Moledo ter a batida com o Lomba lá contra o Ceará. Menos mal que foi o posterior, se fosse o anterior ele não teria conseguido mais jogar. Aí tu vê que ele pegou quatro horas de voo, não treinou na sexta, nem no sábado, só tratou e foi pro jogo domingo. Isso mostra o que é o nosso grupo em termos de profissionalismo. Na véspera eu conversei com o grupo e falei pra ele: “Moledão, preciso de você”. O Goiás joga com duas torres na frente e eu precisava do jogo aéreo dele. Ele disse que estava com um pouco de dor, que iria tratar. E no jogo o que ele mais fez foi pular pra cabecear. Merece um troféu”

Zé Gabriel:

“O Zé Gabriel está melhorando no dia a dia. O Zé tinha alguns defeitos que poderiam ter sido tirados, com conversa, mostrando, e ele está perdendo isso rapidamente, porque é um jogador extremamente rápido. Não precisa cometer alguns tipos de erros, situações que aconteceram e não é necessário acontecer”

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