Renato revela o que disse a Grohe antes de defesa decisiva que permitiu reinício de títulos do Grêmio
Em entrevista ao jornalista Duda Garbi, Renato relembrou um dos momentos marcantes ao lado de Marcelo Grohe
Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Weverton pede, faz sinal ao banco de reservas e pega a bola. Será ele, mesmo sendo goleiro, o responsável por bater a cobrança que pode fazer o Athletico ir às quartas de final da Copa do Brasil de 2016, deixando o Grêmio, dentro de sua Arena, pelo caminho. Mas Marcelo Grohe, que havia falhado no tempo normal, defende. E abre caminho para o tricolor na competição que, mais tarde, representaria a quebra do jejum de 15 anos sem grandes títulos.
A lembrança desse momento emblemático e decisivo foi feita pelo próprio técnico Renato Portaluppi, que ali vivia a sua primeira decisão desde a volta ao Grêmio. Em entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, do Grupo RBS, o treinador contou o que disse a Grohe antes da disputa por pênaltis – no tempo normal, o Athletico devolveu o 1×0 sofrido no jogo de ida com gol do ex-gremista André Lima, que aproveitou falha do amigo Marcelo Grohe.
“Lembro que chamei o Marcelo e falei que era com ele, que ele era ídolo da torcida e que daria essa classificação para nós. Ainda bem que o Marcelo fez uma grande defesa. Ele (Weverton) bateu bem, só que o Marcelo fez uma grande defesa. Aquele lance muda a história”, confirmou Renato.
Grohe é grato a Renato
Grohe, em entrevista dada na época após a partida, também ressaltou a participação de Renato nessa conversa como trunfo para o resultado final. Depois da vitória, o goleiro foi ao vestiário chorando copiosamente:
“Para mim, foi uma noite de muita loucura, depois de ter errado no gol do Atlético, em uma bola que, teoricamente, é fácil. É a bola que, todos os goleiros sabem, a gente mais treina durante a semana. É uma bola de entrada, de segurança, e acabei soltando no pé do André Lima. É um erro técnico. Depois, se passou o jogo, a gente acabou perdendo e foi para os pênaltis. Eu lembro que o Renato me chamou para fora do grupo, me passou muita confiança, com as mesmas palavras qure ele colocou na coletiva. O erro tinha acontecido, tinha passado, de vilão eu poderia ser o herói. Ele precisava de mim naquele momento, para ajudar a equipe. Eu tenho que agradecer a ele muito. Foram palavras muito importantes para mim naquele momento, ter a confiança do meu treinador em um momento difícil para mim”, lembrou o arqueiro na oportunidade.
Após aquela fase, o Grêmio passou por Palmeiras, Cruzeiro e Atlético-MG sem precisar dos pênaltis e faturou o pentacampeonato da Copa do Brasil. Depois, ainda com Grohe, venceu a Libertadores e a Recopa Sul-Americana. Ídolo da torcida, o goleiro deixou o clube no final de 2018 e até hoje defende o Al-Ittihad, da Arábia Saudita.
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