Cleber Reis chegou à Vila Belmiro há pouco mais de quatro anos, em janeiro de 2017. O zagueiro, porém, só entrou em campo dez vezes vestindo a camisa santista e, neste período, foi emprestado para Oeste, Coritiba, Paraná e Ponte Preta. Em entrevista exclusiva ao portal “GE.com”, o atleta desabafou sobre o atual momento de sua carreira.
Sem jogar há quase um ano, o defensor acredita que a punição da Fifa (Federação Internacional de Futebol) imposta ao Santos em razão do atraso do pagamento de sua contratação junto ao Hamburgo, da Alemanha (quitada em 2020), atrapalhou bastante sua trajetória dentro do clube.
“Achavam que eu era o culpado, me xingavam, falavam um monte de coisas para mim. Nem respondia as mensagens. É de clube para clube. Não tem nada a ver comigo. Isso me prejudicou e me prejudica até hoje”, disse Cleber ao “GE.com”.
Desde que retornou da Ponte Preta, onde jogou pela última vez em março do ano passado, o jogador está treinando separado do elenco profissional do Peixe, em horários diferentes. Ainda sobre os clubes em que jogou por empréstimo, o zagueiro diz que “não teve nenhuma glória” em nenhum deles, mas pondera afirmando que foi “muito feliz” no Coritiba.
“Infelizmente em todos os empréstimos eu cheguei no meio de temporada, só no Coritiba que não. Lá foi o clube que mais fui feliz, ainda relutei para poder ficar, mas não deu certo. Não tive nenhuma glória nesses times para os quais fui emprestado, mas sou grato por ter jogado por eles. Empréstimo a gente vai sujeito a crescer e a diminuir. Hoje em dia, se for emprestado de novo, vou ter muita cautela para onde ir, não me expor em qualquer lugar”, explicou Cleber ao site.
O zagueiro Cleber Reis (Foto: Ivan Storti/ Santos FC)
Entre outros assuntos, o atleta de 30 anos também falou a respeito de uma eventual rescisão de contrato com o Santos, se ainda acredita em chance na equipe titular e se está arrependido em ter se transferido do futebol alemão para o time brasileiro.
“Não me procuraram. Chegou até mim essa conversa (sobre uma possível rescisão contratual). Tem pessoas lá dentro que gostam de mim. Fiquei triste e abalado, mas vou trabalhar. Quero tentar fazer uma mínima história no Santos. Sei que consigo se eu tiver oportunidade. Não sei se eu conseguiria fazer acordo para rescisão”, declarou Cleber.
“Desde que cheguei no Santos, me falaram uma coisa e aconteceu outra. Não sei onde errei, o que eu fiz ou qual palavra que falei que ninguém gostou. Sempre todos os treinadores chegam com má impressão minha. O Santos acabou me frustrando muito. Tenho fé que vou conseguir recuperar meu espaço e receber oportunidades para mostrar meu trabalho”, sentenciou ao portal “GE.com”. E completou:
“Arrependimento é uma palavra difícil. Fico triste e confuso com tudo. Deixar a Alemanha foi uma decisão difícil. Tudo aquilo que busquei lá fora e chegar aqui e não ser valorizado como eu era, não ter credibilidade como atleta, me deixou triste. Mas acho que não podemos nos arrepender das nossas escolhas. Não guardo mágoa de ninguém”.
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