A ótima matéria publicada, hoje, pelo ge.com sobre o que acontece com o meia Luan, mostra bem como as coisas são feitas no futebol brasileiro e em especial no Corinthians. O quanto atrapalha o fim de um processo, a sucessiva mudanças de treinador. O texto da Ana Canhedo traz o a análise do Junior Chavare, que era diretor da base do Grêmio e atualmente está no Bahia.
“Creio que o melhor momento de Luan é como meia-atacante ou falso 9. Se você lembrar do Grêmio campeão, os melhores jogos, você tinha o Luan mais centralizado com essa função de jogar entre os atacantes e centroavante. Luan é jogo construído, de associação”, analisou.
Luan chegou com o aval do Tiago Nunes e começou bem. Ele tem aquele estilo peladeiro, de quem não teve uma formação na base. Quem quer que ele renda, tem que aproveitar as características do atacante. Esperar que ele dê carrinho, que chute bola para a lateral e vibre, que extravase e transborde alegria, será perda de tempo. Não é a dele.
Me lembro quando o Sócrates foi muito criticado em seu primeiro ano de Corinthians porque não comemorava o gol correndo para a torcida. Ele só levantava o braço e voltava caminhando para o meio do campo. Depois, aprendeu a festejar. Caiu nas graças da Fiel e o resto é história.
Claro, Luan não é o Doutor, mas precisa jogar onde pode render. Fosse um clube que apostasse em projetos, Tiago teria continuado e talvez o jogador já estivesse rendendo. Agora, quando até Aráos e Roni tem mais chances do que ele, fica difícil.
Se não tem noitada, se a fascite plantar está curada. Então, cabe a Mancini resgatar o atleta, voltar a ganhar a confiança do jogador. O Corinthians pagou R$ 29 milhões por metade do Luan. Falta, nesse momento, ir a Porto Alegre e trazer a outra parte, aquela que o transformou no melhor da América em 2017. E a boa notícia é que agora ela virá de graça.
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