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Jornalista da Globo detona CBF: “falta conexão com o mundo real”

Comentarista da emissora escreveu texto em seu blog

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

O comentarista Marcelo Noriega publicou em seu blog no Globoesporte.com um texto recheado de críticas ao futebol brasileiro e à CBF, e disse que “falta conexão com o mundo real”. Segundo ele, são setores deslumbrantes e hedonistas da sociedade.

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Noriega ainda disse que há casos e casos do que realmente pensam os profissionais do alto escalão do futebol no Brasil. Enquanto alguns se preocupam com o momento, outros se enbanjam em festas e resorts: “falta empatia”, segundo o jornalista.

“A defesa da manutenção do calendário do futebol em meio ao pior momento da pandemia no Brasil escancara a falta de empatia e compromisso cívico de uma parcela importante dos atores principais do futebol nacional. O que são 15 dias confrontados à perspectiva de 300 mil mortos e colapso sanitário?”, disse Noriga, que ainda lembrou a primeira paralisação do futebol, ainda em 2020, quando a situação não era sequer próxima à atual.

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“Quando o futebol parou por quatro meses houve mais solidariedade. CBF e Federações atuaram para ajudar afiliados e, inclusive, árbitros. Não se trata de somente criticar. O ponto está na leitura do momento.”

O jornalista ainda lembrou que uma paralisação total do futebol seria uma medida impopular com quem elege a presidência e a diretoria da CBF. Atualmente, vários Estaduais já estão paralisados, especialmente por pedido do Ministério Público e por federações locais. Não estão em atividade o Campeonato Cearense, o Paulista e o Goiano, por exemplo. Outros estão em iminência de parar.

“Recursos abundam, mas são consumidos pelo sistema que se retroalimenta. Para garantir votos nas eleições para a presidência da CBF, em cujo pleito as Federações têm peso maior do que os clubes, existe a mesada paga pela entidade nacional. O modelo se replica no prima estadual. Os campeonatos precisam ter mais participantes, que representam votos nas eleições, ainda que isso provoque inchaço do calendário e perda de qualidade técnica”, completou Noriega.

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