O Cruzeiro tem de, mais uma vez, lidar com problemas de ordem salarial. O clube emitiu nota nesta sexta-feira (16) revelando que parte da folha salarial do mês de março está atrasada e apenas 50% dos valores foram pagos.
Estes valores foram pagos a funcionários do setor administrativo do clube, que receberam na última quinta-feira (15). O restante dos valores, estes para colaboradores que recebem abaixo de R$ 3 mil (o que, de acordo com a Raposa, são 70% do quadro de funcionários), deverão receber estes valores já na próxima semana. Para justificar o atraso, o clube culpou as dificuldades de buscar recursos por causa da pandemia do coronavírus, além de diversas ações judiciais movidas por ex-atletas e funcionários.
O Cruzeiro tem convivido nos últimos meses com problemas para honrar a folha salarial. De acordo com o Uol Esporte, ainda existem atrasos de folhas de outubro e novembro de 2020, além de 13º e férias. O clube tem trabalhado para tentar sanar tais dívidas, mas estas seguem afetando o ambiente do clube.
Confira a nota do Cruzeiro sobre o novo atraso de salários (extraído do site oficial do clube
O Cruzeiro Esporte Clube vem a público esclarecer e reconhecer que continua com pendências salariais em aberto com seus colaboradores, mas que a diretoria não tem medido esforços para solucionar a situação o quanto antes.
Ontem, dia 15 de abril de 2021, o Clube iniciou uma operação e viabilizou, em um primeiro momento, o pagamento de 50% da folha do mês de março/2021 do setor administrativo. O segundo passo da operação, já planejado previamente, será o pagamento da metade restante, primeiramente, para colaboradores que recebem abaixo de R$ 3 mil (quase 70% dos funcionários da folha), a ser realizado no início da próxima semana.
O Clube ressalta que, assim como a maioria expressiva de instituições de diversas áreas do mercado no mundo, tem passado por dificuldades acentuadas pelo grave impacto causado pela Covid-19. Além disso, o Cruzeiro continua sofrendo, semanalmente, com ações judiciais oriundas de situações antigas, o que gera bloqueios bancários constantes, prejudicando o fluxo de caixa e os pagamentos, conforme ocorre atualmente, o que inviabilizou a quitação em dia da última folha.
Mesmo reconhecendo todas as pendências e suas obrigações, o Cruzeiro ressalta que em momento algum abandonou qualquer um de seus colaboradores, tem trabalhado para evitar demissões em massa, como vem ocorrendo na maioria dos clubes de futebol do país e em empresas de outros ramos, e tem dado todo o tipo de suporte em situações extremas, contando inclusive com o apoio financeiro e pessoal de membros da diretoria a funcionários com dificuldades pontuais.
Antes mesmo da crise econômica e sanitária provocada pela pandemia, o Cruzeiro já vivia sua pior crise financeira e institucional em quase 100 anos, um enredo conhecido por todos. Resolver o problema do atraso de salários sempre foi e continua sendo tratado como prioridade pela cúpula do Clube, que espera regularizar toda a situação o quanto antes, pois acredita e reconhece o empenho, dedicação e profissionalismo de seus colaboradores neste momento complicado pelo qual atravessa a instituição e o mundo como um todo.
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