Home Futebol Chelsea gasta R$ 1 bilhão, mas colhe frutos da ‘melhor base do mundo’

Chelsea gasta R$ 1 bilhão, mas colhe frutos da ‘melhor base do mundo’

Apesar de contratar uma das duplas mais badaladas da última janela de transferência – Timo Werner e Kai Havertz -, são as pratas da casa os grandes destaques da temporada dos Blues

Mauricio Andrade
Colaborador do Torcedores

Após ficar duas janelas proibido de contratar, o Chelsea não economizou em reforços e conseguiu voltar à final da Liga dos Campeões em 2020/21, onde enfrenta o Manchester City neste sábado, em Portugal. No entanto, apesar das sete contratações e dos 245 milhões de euros (R$ 1,5 bilhão) gastos, grande parte do sucesso desta temporada se deve ao jovens formados nas categorias de base do clube, considerada uma das melhores do mundo.

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Nos últimos dez anos, foram dez títulos conquistados pela academia: duas Premier League (sub-18); seis Copas da Inglaterra (sub-18), essas vencidas de maneira consecutiva, além de duas taças e outros dois vices da Champions League (sub-19), que começou a ser disputada em 2013. Dos elencos campeões, cinco jogadores tentam repetir o título na principal competição de clubes do mundo agora no profissional. São eles: Mason Mount, Reece James, Andreas Christensen, Callum Hudson-Odoi, e Tammy Abraham.

Mount é, sem dúvida, o principal jogador do Chelsea – e não apenas entre as pratas da casa. O meia-atacante, eleito o melhor do clube na temporada, esteve em campo em 53 partidas e é uma das grandes esperanças contra o City. O jovem inglês, 22 anos, foi promovido em 2017, mas apenas em 2019, após dois empréstimos, começou a ter mais oportunidades na equipe. Além de brilhar pela base dos Blues, também se destacou pela Inglaterra, sendo campeão e eleito o melhor jogador da Eurocopa sub-19 de 2017.

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Reece James também passou a ter mais chances em 2019, após voltar de empréstimo do Wigan. Aos 21, o lateral-direito é um dos mais promissores do país e já possui vaga cativa no elenco comandado por Thomas Tuchel – soma 46 jogos nesta temporada. Assim como Mount, deve ser um dos nomes convocados por Gareth Southgate para a seleção inglesa para a disputa da Euro 2020, a ser realizada em junho de 2021 por conta da pandemia.

Com 25 anos, Christensen é o mais velho dos cinco e já está em sua quarta temporada completa pelo Chelsea. O zagueiro dinamarquês chegou ao clube em 2012, sendo peça importante em uma das conquistas da FA Cup e da Liga dos Campeões, além de ser eleito o melhor jogador da base em 2017/18. Deixado de lado por Frank Lampard, ele ganhou espaço com a chegada de Tuchel e o esquema com uma linha de três atrás, sendo titular contra Atlético de Madrid, Porto e Real Madrid na caminhada rumo à decisão da Champions.

Multicampeões pela base, Abraham e Hudson-Odoi eram considerados os mais promissores, mas ainda não tiveram o mesmo brilho entre os profissionais. O camisa 9 até que viveu bons momentos, como ser titular durante boa parte da temporada passada, tendo marcado 18 gols, mas voltou a ser coadjuvante em 2020/21 – apesar de ter balançados as redes 12 vezes. Já o ponta habilidoso sofreu muito com lesões e sente dificuldades para manter uma regularidade em Stamford Bridge.

Além dos cinco, outros nomes formados na base, que hoje estão emprestados, ainda podem ganhar uma oportunidade no clube, como Fikayo Tomori, zagueiro titular no Milan, Ruben Loftus-Cheek, no Fulham, e Conor Gallagher, no West Brom. Se depender das pratas da casa, o futuro do Chelsea está garantido.

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