Na noite desta segunda-feira (7), o Ministério da Saúde detalhou o protocolo sanitário da Copa América no Brasil através de entrevista coletiva do ministro Marcelo Queiroga.
Os principais pontos que precisarão ser respeitados para a realização da competição são a testagem de todas as delegações a cada 48 horas e isolamento de atletas e comissões técnicas nos hotéis das cidades em “bolhas”.
A saída dos jogadores de suas concentrações no Brasil será permitida apenas para treinamentos, jogos ou questões urgentes envolvendo a saúde dos mesmos.
Outro ponto importante levantado foi em relação à vacinação. De acordo com o ministro, jogadores e comissão técnica não precisarão ser vacinados para jogarem e participarem da competição no Brasil.
Interessantemente, esta afirmação de hoje (07/06) contraria uma afirmação do próprio governo federal feita no dia 31 de maio, quando Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Casa Civil, havia afirmado que as seleções teriam que se vacinar para jogarem a Copa América no Brasil.
Queiroga disse que não haveria tempo hábil para que a vacinação fosse completada antes do início dos jogos. A Conmebol revelou mais cedo que a vacinação dos jogadores e das comissões técnicas será facultativa.
André Pedrinelli, coordenador operacional da Copa América no Brasil, garantiu que todos os protocolos serão seguidos e ressaltou que as normas da competição continental em relação à questão sanitária já estão sendo aplicadas no futebol brasileiro.
Cada delegação contará com aproximadamente 65 membros, totalizando pelo menos 650 pessoas. Além disso, haverá a presença de 450 participantes do staff da Conmebol no Brasil nas quatro cidades-sede (Brasília, Rio de Janeiro, Cuiabá, Goiânia).
Porém, as seleções podem acabar optando por ficarem concentradas no Brasil ou fazerem escalas de ida e volta, como por exemplo, a seleção da Argentina que ficará concentrada no CT de Ezeiza, que fica ao lado do Aeroporto de Ezeiza.
A Copa América está prevista para começar no próximo domingo (13), com o jogo Brasil x Venezuela, a partir das 19h pelo horário de Brasília.
Copa América: Trechos da fala de Marcelo Queiroga
“O número de pessoas envolvidas na competição inclui jogadores e comissão técnica, o que vai reduzindo. No início serão 10 times de futebol, o que envolve 650 pessoas; depois, à medida que passa a competição, diminui para oito times, com 520 pessoas; e depois, na fase final, com quatro times e 260 pessoas.”
“Então não é um campeonato de grande dimensão e, partindo do pressuposto que a prática de atividades esportivas competitivas está acontecendo normalmente no nosso país, como Libertadores e eliminatórias da Copa do Mundo, considerando também que os cidadãos dos países que estão sendo representados na Copa América têm autorização para entrada no país respeitadas as condições sanitárias. Então não há nenhum óbice legal ou sanitário para que esse evento não possa ser realizado no Brasil.”
“Exigir a vacinação dos atletas nesse momento, eles não teriam a imunidade até o início da competição. […] Não se fará esforço maior para se vacinar esses atletas agora, até porque a vacina poderia causar algum tipo de reação e até comprometer o ritmo competitivo dos jogadores.”
“Será um ambiente sanitário controlado e monitorado pelas autoridades sanitárias nos estados e municípios onde acontecerá essa competição.”
