Home Futebol Futebol sul-americano x europeu: “Estamos perdendo terreno”, avalia Crespo

Futebol sul-americano x europeu: “Estamos perdendo terreno”, avalia Crespo

Para o treinador do São Paulo, os sul-americanos criam menos que antes e o futebol do continente perdeu uma de suas raízes: o drible

Adriano Oliveira
Sou colaborador do Torcedores.com desde 2018, com mais de 3.600 textos publicados, porém escrevo sobre futebol há quase 20 anos. Mas é claro que a paixão por este esporte começou bem antes disso. Hoje, aos 52 anos de idade, o futebol ainda me faz sentir a mesma coisa que eu sentia aos 10.

Em sua coluna semanal veiculada no jornal argentino “La Nacion”, Hernán Crespo analisou as atuais diferenças entre o futebol sul-americano e o europeu, levando em consideração a disputa da Eurocopa e da Copa América, que acontecem simultaneamente na temporada.

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Para o técnico do São Paulo, o esporte bretão praticado em terras tupiniquins “perdeu terreno” em relação ao do Velho Continente, além de quase deixar de lado o drible, uma de suas principais características históricas.

“Estamos perdendo terreno. Historicamente, os europeus eram fisicamente mais fortes do que os sul-americanos e tinham menos virtudes técnicas do que nós. Com grandes exceções, é claro, não vamos criar uma regra. Mas eles não pararam de crescer”, avalia Crespo.

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“Eles melhoraram no desenvolvimento físico e aperfeiçoaram o passe e a recepção, enquanto perdíamos o drible. Na Copa América, gostaria de perceber mais respeito pelas raízes históricas da região, mais dribles”, destaca o treinador são-paulino.

Na visão de Crespo, o apertado calendário sul-americano prejudica a realização de jogos amistosos entre as seleções e ele cita como exemplo o Brasil que, até o início da Copa do Mundo do Qatar no ano que vem, só terá duas partidas contra adversários da Europa.

“Perdemos a possibilidade de nos testarmos com os europeus, de encontrarmos o nosso ponto de atraso ou de evolução (…) Perdemos os duelos contra Alemanha, Itália, com a Inglaterra, que nos serviam como verdadeiros testes”, explica o comandante argentino. E acrescenta:

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“Na América do Sul não criamos mais como antes. Vamos tirar o Messi, vamos tirar o Neymar e você não vê mais tantos vestígios que representam a nossa história. Nossos dribles, nossos instintos e nossa agressividade competitiva foram suficientes para igualar e até superar os europeus. Hoje ficamos com a ferocidade competitiva”.

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