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Argentina1-0
Brasil Copa América 2021 - Final
A Argentina conquistou a Copa América 2021 diante do Brasil em pleno Maracanã neste sábado (10), com vitória de 1 a 0, em gol marcado por De Paul.
O início foi travado com pouquíssima liberdade para ambas seleções criarem. Porém, a Argentina conseguiu aproveitar sua melhor chance no primeiro tempo e saiu para o intervalo com vitória em gol marcado por Angel Di Maria, explorando a falha defensiva da seleção brasileira.
No restante do primeiro tempo, a seleção brasileira conseguiu incomodar um pouco mais nos cruzamentos para a grande área, mas acumulou apenas um chute no alvo em seis finalizações nos primeiros 45 minutos da decisão.
A seleção brasileira pressionou no início do segundo tempo e quase empatou com Richarlison. Os argentinos conseguiram administrar o resultado em boa parte do tempo com tranquilidade, mas o Brasil melhorou depois das alterações de Tite e incomodou mais na reta final.
Porém, não foi suficiente e a seleção argentina conseguiu conquistar o título, para a festa da torcida presente no Maracanã.
Primeiro tempo
Mantendo as mesmas escalações dos jogos anteriores, as duas equipes começaram a partida com alterações táticas importantes. A Argentina optou por um 4-4-2 nas fases ofensivas, enquanto Richarlison assumiu a posição de pressionar as saídas brasileiras, além de abrir para Neymar e Everton nas fases ofensivas.
Em relação á marcação, o Brasil também adotou o 4-4-2 com uma preferência para marcação dentro do próprio campo, compacta, enquanto a Argentina optava por levar às linhas para o último terço do campo, apesar de espaçadas.
Nos primeiros minutos, as duas seleções encontraram dificuldades para infiltração no campo adversário, além de muitas faltas para os dois lados. O Brasil conseguiu chegar mais perto do gol apenas aos 12′. Richarlison escorou o levantamento e Neymar foi travado por Richarlison no chute de frente para a pequena área.
A seleção argentina encontrava mais dificuldades para atacar, num momento inicial que o Brasil demonstrava ser melhor na parte tática, mas ainda com poucas chances reais de gol. Os espaços começariam a surgir aos poucos.
Em um jogo de oportunidades muito raras, um chance de gol poderia ser fatal. Aos 21′, a bola enfiada de Rodrigo de Paul do meio-campo, com liberdade, para o lado esquerdo no terço final do campo, passou por Renan Lodi e deixou Di Maria no 1v1 contra o goleiro Ederson. Na conclusão, o atacante marcou de cobertura e abriu o placar no Maracanã.
O gol acabou animando ainda mais a torcida argentina, que já demonstrava maior empolgação dentro do Maracanã em relação aos torcedores brasileiros. Aos poucos, a seleção brasileira tentava voltar para o jogo, como no chute de Casemiro de fora da área aos 26′, parando em defesa tranquila de Martínez.
No entanto, a Argentina parecia mais perto de marcar o segundo gol, tirando proveito dos passes errados cometidos pelo Brasil. Aos 28′ do Acuña fez a inversão e achou Di Maria que chutou na pequena área e acabou sendo travado no momento certo.
Aos 32′, na primeira oportunidade concedida pelo contra-ataque para as duas equipes, a seleção argentina quase ampliou na arrancada de Montiel para De Paul até achar Lionel Messi, que chutou para fora.
Porém, o Brasil respondeu em lançamento sensacional de Ederson ara Neymar conduzir a joga individual pela esquerda até ser derrubado por Paredes. Na cobrança de falta, Neymar parou na barreira.
Quando a seleção argentina ainda demonstrava maior volume de jogo, um susto. Di Maria acabou sentindo o tornozelo esquerdo aos 37′, virando dúvida para o segundo tempo, mesmo que tenha retornado para o restante do primeiro.
Ofensivamente sem o encaixe necessário, jogadores como Richarlison, Paquetá e Everton estavam mudando de posição ara tentar oferecer melhores condições de ataque, na reta final do primeiro tempo, momento no qual o Brasil estava chegando mais.
Em jogada construída pela direita aos 42′, Richarlison fez o cruzamento que passou na frente do gol e saiu após escorada de Montiel perto da pequena área. Na cobrança de escanteio, Neymar cruzou na primeira trave e Marquinhos cabeceou para fora, na chance final do primeiro tempo.
Segundo tempo
Tite voltou para o segundo tempo com a entrada de Roberto Firmino (como referência, pelo centro do campo) no lugar de Fred, com intuito de deixar a seleção mais ofensiva, recuando Paquetá. A seleção argentina voltou com a mesma escalação, incluindo a presença de Di Maria.
Em comparação com a etapa inicial, o Brasil foi mais intenso na marcação dos jogadores argentinos na fase defensiva, evitando que a Argentina encontrasse a mesma liberdade para criar jogadas.
A estratégia de Tite acabou sendo efetiva nos primeiros minutos com uma seleção brasileira mais intensa e rápida na movimentação, fazendo deste período o melhor momento do Brasil desde o início do jogo.
Em lance perigoso aos 7′, Paquetá recebeu na direita deu um toque sensacional para Richarlison fazer a infiltração e marcar o primeiro gol. Apesar da vibração da torcida brasileira no Maracanã, Richarlison estava impedido e o gol foi anulado.
Aos 9′, Neymar deu um tapa para grande área e Richarlison apareceu novamente com espaço na esquerda. Desta vez não o ataque brasileiro não estava impedido, mas o goleiro Martínez espalmou o chute e salvou a seleção argentina. Lionel Scaloni aproveitou para entrar com Guido Rodríguez no lugar de Paredes.
Os argentinos conseguiram diminuir um pouco a pressão brasileira ao manter a bola no campo de ataque, sem conseguir aproveitar as três chances consecutivos para capitalizar em gol. A mais perigosa foi aos 19′ no erro de Casemiro, dando a bola nos pés de Messi na entrada da área, que acabou desarmado posteriormente.
Tite mexeu novamente na seleção brasileira buscando maior poder ofensivo na esquerda com a entrada de Vini Jr. no lugar de Everton Cebolinha, tentando fazer com que a seleção brasileira voltasse a finalizar depois de um início animador.
O Brasil chegou mais perto na finalização 27′ com Neymar encontrando Paquetá na grande área, mas acabou parando na marcação de Romero ao chutar fora do alvo, sem levar perigo ao gol argentino. Entretanto, o jogo ainda não estava confortável para a seleção brasileira, que não conseguia finalizar no alvo.
Para a reta final do jogo, Tite optou pelas entradas de Emerso ne Gabriel Barbosa nos lugares de Renan Lodi e Paquetá, enquanto Scaloni mexeu três vezes de uma vez: Pezzella, Palacios e González entraram nos lugares de Romero, Di Maria e Martínez.
Os brasileiros conseguiram ameaçar mais na reta final com as entradas de Gabigol e Emerson, com maior liberdade de movimentação para os jogadores no campo de ataque.
Aos 38′, em um dos lances de maior perigo, Thiago levantou para Vini Jr na esquerda acionar Gabigol livre na esquerda, mas Pezzella fez o corte no momento da finalização.
A melhor chance da seleção brasileira no jogo surgiu aos 41′ do segundo tempo. No cruzamento de Neymar, Richarlison desviou para trás e Gabigol completou com total liberdade de primeira, mas Emiliano Martínez fez uma defesa espetacular para salvar a seleção.
Mas o lance acabou originando um contra-ataque quase mortal para a seleção argentina. Messi recebeu de De Paul e ficou no 1v1 contra o goleiro Ederson dentro da grande área, mas não conseguiu finalizar.
Os acréscimos foram extremamente tensos, com o Brasil tentando a jogada do empate enquanto a Argentina segurava o máximo possível a pressão no meio-campo. O objetivo foi concluído, e Messi pôde enfim levantar uma taça pela sua seleção.
FICHA TÉCNICA
ARGENTINA 1-0 BRASIL
Data: 10/07/2021, 21:00
Estádio: Maracanã
Árbitro: Esteban Ostojich (Uruguai)
Assistentes: Carlos Jvier, Martin Sebastian (Uruguai)
VAR: Andres Ismael (Uruguai)
Gols: 1T 21′ Di Maria (Argentina)
Substituições – Argentina: Guido Rodríguez (Paredes); Tagliafico (Lo Celso); Pezzella (Romero); Placios (Di Maria); González (Martínez)
Substituições – Brasil: Roberto Firmino (Fred); Vini Jr. (Everton Cebolinha); Emerson (Renan Lodi); Gabriel Barbosa (Lucas Paquetá)
Argentina (4-3-3): Emiliano Martinez; Gonzalo Montiel, Rivero, Otamendi, Acuna; De Paul, Paredes, Lo Celso; Messi, Lautaro Martinez, Angel Di Maria. Técnico: Lionel Scaloni
Brasil (4-2-3-1): Ederson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva, Renan Lodi; Casemiro, Fred; Richarlison, Lucas Paqueta, Everton; Neymar. Técnico: Tite
