Mais um capítulo da investigação do caso de assédio envolvendo o presidente da CBF, Rogério Caboclo. De acordo com o GE, os advogados do dirigente afastado pediram à Comissão de Ética da entidade o arquivamento do caso junto ao órgão no último dia 7.
No documento, de 62 páginas, a defesa do presidente afastado pediu que a investigação não prossiga alegando que o comportamento do dirigente com a funcionária que o acusa de tal crime fora ’em tom acima do que se podia esperar’ e ‘de forma deselegante’. Mas que tais modos não configurariam o assédio do qual vem sendo investigado e, por isso, pedem que o caso seja arquivado.
A peça que pede o encerramento da investigação alega que Caboclo fora ‘mal interpretado’ em seu comportamento com a funcionária, que teria ‘total controle da situação’ nas gravações que demostrariam diversas conversas em tom ofensivo contra esta. Além disto, consta um parecer no qual indicaria não ter havido o crime de assédio por ‘não haver ato de constrangimento ou elemento do delito’. Além de ver as comunicações entre o dirigente e a vítima não demonstrando qualquer sinal de que houvesse a configuração de tal crime.
O parecer, feito pelo professor Juarez Tavares, da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), apontaria que não haveria nada nas conversas entre Caboclo e a funcionária que constituíssem ato libidinoso, apesar de considerá-las ‘grosseiras e deselegantes’. Mas sem qualquer uso do poder do presidente da CBF em qualquer ato para obter vantagens sobre a funcionária que o acusa de tal crime.
Além do pedido de arquivamento, o documento da defesa de Rogério Caboclo deseja que todas as provas contidas na investigação sejam anuladas, alegando que a gravação de conversas seria ilegal (a lei 9.296) por não ter sido feita com consentimento entre as partes e, por isso, não podem ser usadas no inquérito da Comissão de Ética. Caboclo segue afastado de seu cargo desde junho por causa da investigação;
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