Ana Marcela Cunha entrou para a história nesta terça-feira (3) ao conquistar a medalha de ouro da Maratona Aquática nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, dominando completamente o trajeto de 1.4km/volta.
A brasileira impôs o ritmo nos momentos iniciais da prova e liderou a prova nas voltas iniciais, administrando bastante o rendimento para a sequência.
Posteriormente, Ana Marcela passou a ficar em segundo lugar com a norte-americana T.Wwichell liderando na maior parte do tempo.
Mas esta foi uma estratégia para que todo o pelotão principal acompanhasse o mesmo ritmo, ficando praticamente todas juntas em praticamente toda a prova.
A partir do momento em que as nadadoras entraram na penúltima volta, o pelotão intermediário começou a forçar mais para buscar aproximação com as líderes.
Quando a prova entrou nos 3km finais, os ataques foram iniciados e o destaque ficou por conta da jovem alemã Leonie Beck que assumiu a primeira colocação e passou a disparar, adotando estratégia diferente.
Ana Marcela foi dominante na reta final para garantir o ouro
Na virada para os 2km finais, Ana Marcela acabou caindo para a quarta colocação com exatamente 2.1seg. Poém, a brasileira começou a impor mais ritmo aos poucos para retomar a terceira posição, enquanto a chinesa X.Xin perdeu ritmo.
Logo depois que o sino da última volta foi acionado (últimos 0.5km), o ritmo ficou completamente intenso. Ana Marcela virou em segundo lugar com 1.2seg de vantagem para a holandesa Rouwendaal. A norte-americana Twichell perdeu ritmo e saiu do pódio, mas seguiu no pelotão principal.
Na penúltima virada, Ana Marcela conseguiu assumir a liderança em prova que ficou muito apertada. Na arrancada final dos 500m, a brasileira foi bastante pressionada pelo pelotão inteiro, mas conseguiu manter o corpo inteiro na frente para fazer história para o Brasil, com 1:59:30.8
Rouwendaal ficou com a medalha de prata para a Holanda e a australiana K.Lee levou o bronze.
Medalha de ouro consagra carreira de Ana Marcela Cunha
Faltava apenas a medalha de ouro para consagrar a carreira de Ana Marcela Cunha, que já conquistou 11 medalhas em Campeonatos Mundiais de Esportes Aquáticos, além de ter sido eleita a melhor do mundo em seis temporadas.
Depois de não se classificar em Londres 2012, entrou como favorita na Rio 2016 mas ficou com a medalha de prata ao perder uma reposição líquida.
Com esta conquista, as mulheres brasileiras quebraram o recorde de medalhas em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos com oito conquistas (três ouros, duas pratas e dois bronzes).
