Paralimpíadas: Aos 50, judoca supera covid para tentar quinto ouro
Internado por 18 dias, o atleta é um dos símbolos de superação dos Jogos de Tóquio e já planeja começar um novo ciclo paralímpico voltado para Paris-2024
Divulgação / Ale Cabral/CPB
Pouco representam tão bem o espírito paralímpico quanto o judoca Antonio Tenório, de 50 anos. Mesmo veterano e multicampeão, a lenda brasileira da modalidade correu contra o tempo para superar a covid-19 e estar apto para disputar os Jogos de Tóquio, nas próximas semanas.
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O competidor foi acometido pela doença e chegou a ficar internado por 18 dias. Neste período, teve 80% dos pulmões comprometidos e viu as chances de se recuperar cada vez mais diminuírem. “Só Deus explica a minha permanência no judô paralímpico. As vezes acho que nem era para eu estar mais presente nesse mundo”, explicou.
Mas passado o drama, o lutador natural de São José do Rio Preto (SP) tem como objetivo aumentar seu quadro pessoal de medalhas no judô. Além de ter sido o primeiro brasileiro a subir no lugar mais alto do pódio, em Atlanta-1996, Antonio tem mais outros três títulos, além de uma prata e um bronze.
E esbanjando confiança, o veterano já planeja as competições de 2024: “Meus planos são ir até Paris, quando vai se formar a categoria de B1 por lá e, com certeza, eu vou pendurar a chuteira aos 54 anos. Agora sim é uma promessa”.
O judô já trouxe 22 medalhas para o Time Brasil na histórias da Paralimpíadas. Todos os ouros foram conquistados por Tenório, além de nove pratas e nove bronzes. Na Rio-2016, quatro atletas garantiram o 2º lugar.
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