Os cavaleiros que vão defender o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 chegaram nesta quinta-feira ao Japão. Rodolpho Riskalla, que disputa provas de adestramento, está otimista com suas chances.
Ele vai montar seu melhor cavalo, Don Henrico. O animal já foi de propriedade da alemã Ann Kathrin Linsenhoff, campeã do adestramento nas Olimpíadas de Seul-1988. Don Henrico acompanhou Rodolpho em ótimos resultados, como as medalhas de prata no Mundial de 2018, nos Estados Unidos, entre outras competições.
“É um cavalo espetacular, já está acostumado a viagem de avião, conheço ele muito bem”, explicou o cavaleiro. “A chance de pódio é muito, muito grande, e uma boa chance de medalha de ouro. Claro que nossa modalidade é subjetiva, mas nós estamos prontos.”
Rodolpho já era cavaleiro no hipismo convencional, com passagens pela seleção brasileira. Em 2015, contraiu uma meningite bacteriana que o obrigou a amputar parte da mão e das pernas (abaixo do joelho). Decidiu então seguir na versão adaptada do esporte.
Adaptação complicada
O cavaleiro conta que escolheu o cavalo a partir de conversas com sua antiga proprietária. “Alguns cavalos não se adaptam tão bem a um cavaleiro paraequestre. Você pode ter, por exemplo, um cavalo um pouco preguiçoso ou grande demais. No meu caso, o Don Henrico realmente colabora”, contou.
O outro brasileiro em Tóquio é Sérgio Oliva, que conquistou duas medalhas de bronze nas Paralimpíadas do Rio-2016. “Nós viemos para fazer história, para conquistar um resultado inédito para o Brasil”, avisou Marcela Parsons, chefe da equipe.
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