Recordista mundial, Silvânia Costa é sinônimo de superação e vontade de vencer. A sul-mato-grossense foi bicampeã no salto em distância, na classe T11, nas Paralimpíadas de Tóquio 2020. Mas antes de conseguir saltar 5,00 metros e ganhar seu segundo ouro, a brasileira passou por um ciclo olímpico complicado.
Logo após ser campeã na Rio 2016, Silvânia Costa deu à luz ao segundo filho. Estava grávida de João Guilherme e não sabia. Depois, ficou um ano e meio suspensa por doping, em meados de 2019. Ela testou positivo para a substância proibida Metilhexanamina.
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Fora do Parapan e do Mundial de 2019, Silvânia Costa alegou que consumiu a substância por um erro do seu guia, que deu a ela um suplemento errado. Agora, ela se sente aliviada.
“Foi tão difícil esse último ciclo. Que alegria de acordar e saber que sou bicampeã. Que felicidade saber que tudo deu certo, que conseguimos cumprir a nossa meta e o nosso objetivo”, disse Silvânia.
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Alegria e consciência tranquila
Silvânia só quer retornar ao Brasil para comemorar o ouro com os filhos e a família em Três Lagoas, no interior do Mato Grosso do Sul.
“Nossa, que sensação gostosa. Hoje, eu consegui botar a cabeça no travesseiro e dormir tranquila. Agora, é só comemorar e se alegrar. Quero agradecer, em especial, o Comitê Paralímpico Brasileiro. Sempre me ajudou, estendeu a mão e me deu um suporte. O atleta não chega a nenhum lugar sozinho”, afirmou.
Na prova da brasileira, a prata ficou com Asila Mirzayorova, do Uzbequistão, que saltou 4m91, enquanto a ucraniana Yuliia Pavlenko conquistou o bronze (4m86) nos Jogos Paralímpicos de 2020.
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