Na última sexta-feira (3), aconteceu um evento especial na Arena Ice Brasil, localizada no bairro do Morumbi (São Paulo / SP). O complexo, voltado aos esportes no gelo, foi escolhido pela Fundação Gol de Letra para a formatura de alguns membros do instituto.
Além disso, o evento teve também o foco na integração esportiva, permitindo que crianças, jovens e adultos experimentassem um pouco dos esportes de inverno. Inclusive até mesmo Raí, um dos fundadores, arriscou seus passos no Curling.
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A reportagem do Torcedores.com esteve presente no evento e teve oportunidade de conversar com exclusividade com membros da Fundação Gol de Letra. Confira abaixo:
Eduardo Brunello – Analista socioeducativo
Há 17 anos na Fundação Gol de Letra, Eduardo foi um dos responsáveis por organizar o evento que ocorreu na Arena Ice Brasil. 40 pessoas do instituto estiveram presentes.
Importância do evento
“Ofertar modalidades alternativas para os adolescentes da Vila Albertina. Nessa apareceu o hóquei, em seguida a Arena Ice Brasil e por fim o curling e a patinação. Foi uma descoberta e o pessoal da CBDG foi super solicito, o resultado foi muito positivo.”
Escolha da Arena Ice Brasil
“Eu já conhecia a Arena e nós não íamos fazer um evento em lugar que não conhecíamos. Até porque a maioria dos participantes é menor de idade. O pessoal da Confederação e da Arena trouxeram uma grande estrutura que a gente precisava. É uma parceria que só tende a crescer. Quem sabe esses que estão praticando não se tornem atletas ou monitores da Arena Ice Brasil?”
Ansiedade dos participantes
“Quando falamos que o evento seria de esportes no gelo, eles não dormiram mais a noite. Ficaram ansiosos, querendo saber onde tem gelo em São Paulo. Projetamos as informações da Arena e para nós, como educadores e para eles, é uma experiência inesquecível.”:
Bianca Rodrigues – Monitora Gol de Letra
Outra entrevistada foi a jovem Bianca Rodrigues, uma das monitoras da Fundação, que falou sobre sua experiência no instituto.
“Eu estou há cinco anos na Fundação Gol de Letra. Três anos como aluna e dois anos como monitora. Aprendi muito em termos de responsabilidade, de amadurecimento. A convivência com todos, amizade, compromisso, é algo que faz muita diferença. Está sendo incrível a experiência. Eu nunca imaginei praticar um esporte no gelo.
Meu foco é ser uma professora de educação física e aqui está me incentivando mais nesse sonho. ”
Beatriz Boppré Carvalho – Assistente Social Gol de Letra
A Fundação não trabalha apenas com as crianças, jovens e adolescentes. Também existe toda uma preocupação em cuidar das famílias, facilitando / resolvendo problemas diversos. Para detalhar esse assunto, conversamos com Beatriz Boppré, que trabalha na Gol de Letra como assistente social.
“Estou na Gol de Letra há um ano como assistente social e faço atendimento as famílias em geral. A maior dificuldade é que hoje as famílias não entendem que podem ter um auxílio da nossa parte, como em orientação a aposentadoria do INSS, por exemplo. Vai além, ajudamos também numa cesta básica, recarga de cartão-alimentação, programas sociais, etc. Nem sempre as famílias entendem nosso papel. Poder atender as famílias e dar esperança para elas mudarem de vida me dá muita satisfação. Poder fazer parte disso.”
Beatriz também ressaltou a importância do esporte aos membros da Fundação.
“O esporte, além da questão da saúde, é um lazer para eles. Não só praticar algo para sua saúde, porque muitas vezes eles não têm uma diversão assim. Vários falam que jamais imaginariam aprender a jogar futebol, basquete e outros esportes. Ainda mais com o gasto para uma aula de futebol, por exemplo. É engraçado a empolgação e como eles são corajosos. É uma oportunidade única para eles e isso é muito gratificante para todos nós.”
Brenda Simões – Monitora e formanda Fundação Gol de Letra
Por fim, o Torcedores.com teve a oportunidade de conversar com Brenda, uma das formandas. E ela compartilhou conosco um pouco de sua experiência, com direito até um período de intercâmbio.
“Estou há oito anos na Gol de Letra e desde que entrei eu não parei de ir um dia. Eu cresci e tudo que aprendi eu multipliquei. Comparando com outros amigos que não eram de lá, a vivência é totalmente diferente. Não tenho palavras para falar da Fundação Gol de Letra. É minha segunda casa.
Com relação ao intercâmbio, houve primeiro o aviso para as famílias para autorização prévia. A minha turma foi a mais jovem, eu tinha 13 anos quando fui para a França. Fomos em quatro jovens de São Paulo e quatro do Rio de Janeiro e ficamos 22 dias. Foi uma experiência louca. Eu vou terminar meu ensino médio ano que vem (2022) e vou fazer um técnico de esportes e depois faculdade de Educação Física. Quero trabalhar na parte de escolas ou academia.”
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