Home Futebol Bolsonaro receberá Bin Salman, dono do Newcastle e ditador da Arábia Saudita, em visita ao Brasil

Bolsonaro receberá Bin Salman, dono do Newcastle e ditador da Arábia Saudita, em visita ao Brasil

Mohammed bin Salman é príncipe herdeiro de Salman bin Abdulaziz Al Saud, que já não atua na vida política por conta da idade avançada e de um alzheimer

Wemerson Ribeiro
Formado em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi, com passagem pelo Portal R7, como estagiário, na editoria de Esportes.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) convidou o príncipe saudita Mohammed bin Salman para uma visita ao Brasil em 14 de março. De acordo com o jornal O Globo, a proposta surgiu em um encontro sediado no Palácio Itamaraty com o ministro de Negócios Estrangeiros, Faisal bin Farhan Al Saud, em novembro do ano passado.

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Com fortuna estimada em 25 bilhões de dólares (cerca de R$ 137 bi) o herdeiro de Salman bin Abdulaziz Al Saud adquiriu o Newcastle no ano passado. Os valores que cercaram o negócio giram em torno de 300 milhões de libras (R$ 2,2 bilhões), colocando, com a nova gestão, o clube no patamar de time mais rico do mundo.

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Com a chegada do novo dono, o time que costumava atuar como coadjuvante nas janelas de transferências teve seu horizonte ampliado, podendo fazer acordos multimilionários. Um exemplo disso foi a contratação do lateral Trippier, ex-Atlético de Madrid, por 12 milhões de libras (R$ 92 milhões), anunciada em janeiro.

Salman é acusado por crimes

Fora dos holofotes e do olhar otimista que envolve o negócio, Bin Salman é considerado um ditador na Arábia Saudita com sérias denúncias de desrespeito aos direitos humanos. Ele é acusado de ter autorizado o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018, e foi chamado de “psicopata” pelo ex-oficial Saad al-Jabri em entrevista recente.

A aproximação do presidente Bolsonaro com o príncipe é uma tentativa de estreitamento diplomático entre os países. Sua justificativa é de incentivar o investimento, tal qual foi observado na viagem da cúpula governista ao Oriente Médio, em novembro, para encontros com outros líderes de regimes ditatoriais.

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