Home Futebol Casagrande defende Gabigol e diz que racismo no Brasil “têm o aval do clã Bolsonaro”

Casagrande defende Gabigol e diz que racismo no Brasil “têm o aval do clã Bolsonaro”

Gabigol sofreu ataques racistas durante jogo

Por Rogério Araujo em 07/02/2022 14:54 - Atualizado há 4 anos

Divulgação/Palácio do Planalto/Reprodução Globo

Casagrande defendeu Gabigol pelas ofensas racistas que o jogador recebeu no estádio Nilton Santos neste domingo durante o confronto entre Flamengo e Fluminense.

Gabigol afirma ter sido chamado de “macaco” pela torcida rival quando deixava o gramado rumo ao vestiário. Para Casagrande, isso não é um fato de tempos sombrios, já que teve casos antigos parecidos, como o do goleiro Aranha em 2014 na Arena do Grêmio. No entanto, o comentarista relata em sua coluna no site ge que “posso dizer com toda segurança que estamos entrando no quarto ano seguido em que os racistas, homofóbicos, machistas e preconceituosos de todos os tipos têm o aval do clã Bolsonaro para agir livremente, sem medo”.

Casão destacou que o jogador do Flamengo está solitário, já que a maioria dos jogadores não estão “nem aí”.

“É assim que funciona em um país liderado por um presidente que nunca se pronunciou em solidariedade às famílias que perderam entes queridos pela pandemia porque ele não comprou vacinas, incentivou medicamentos ineficazes, foi contra a máscara e o isolamento social”, completou ele.

Resposta de Gabigol

Após o jogo, Gabigol foi em suas redes sociais para desabafar e destacar que racismo é crime. “Até quando? Até quando isso vai acontecer sem punição? Jamais vou me calar, é inadmissível que passemos por isso!! Orgulho da minha raça, orgulho da minha cor!! #RacismoNão”, postou o atleta.

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, falou sobre o ocorrido durante o programa Redação SporTV desta segunda.

“A posição do Fluminense é de que o áudio ainda é inconclusivo, solicitamos as câmeras e os possíveis áudios que tenham no estádio. Nosso departamento jurídico preparou um pedido de inquérito para ser enviado ao TJD, para que o TJD apure junto conosco e identifique o suposto ou possível autor da injúria racial. Neste momento, juridicamente, o Fluminense não tem comprovação de que a frase dita no meio daquele tumulto foi exatamente aquela que as pessoas acham que foi dita e, se ela foi dita, nós repudiamos integralmente. Por isso estamos buscando apurar os fatos e tentar descobrir quem disse a frase, se a frase é aquela. Nossa intenção é descobrir quem foi, coibir e punir. Se for sócio do clube, será devidamente punido, nós não toleramos esse tipo de atitude.”

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