Paixão revela o que Ronaldinho falou após final do Mundial de 2006 e diz que curtia ver o Inter de Coudet: “Adorava”

Preparador físico campeão mundial pelo Inter em 2006, Paulo Paixão trouxe novos relatos de bastidores da grande final vencida por 1×0 sobre o Barcelona em entrevista nesta semana ao jornalista Duda Garbi. O experiente profissional relembrou um papo que teve com Ronaldinho Gaúcho após a final e elogiou o trabalho tático promovido por Abel Braga na partida.

Segundo Paixão, Ronaldinho tinha decidido “abandonar” o lado esquerdo e jogar com mais liberdade bem no momento que Gabiru fez o gol do título colorado:

“O Abel treinou exaustivamente aquela jogada que o Ronaldinho recebe na esquerda e sai por dentro. Ronaldo depois me falou. Quando ele quis sair dali, nós fizemos 1×0 e aí começou o alvoroço. Aí o meu time ganhou confiança. Ele falou: ‘É, eu avisei, era jogo perigoso, os caras correm’. E eu disse pra ele que, depois do 1×0, comecei a rezar um Pai Nosso quando ele começou a sair da esquerda (risos). A falta que ele bateu, meu Deus do céu”, relembrou Paixão.

Ronaldinho, na época, era o grande nome do futebol mundial e esperança do Barcelona na partida. Até hoje, o ex-lateral-direito colorado Ceará é lembrado pela grande marcação que fez.

Paixão gostava de ver o Inter de Coudet

Ao falar da preparação física atual nos clubes, Paixão deixou escapar um belo elogio ao Inter de 2020, que era comandado pelo argentino Eduardo Coudet:

“Eu adorava ver o Inter jogar na época do Coudet. Por que o time andava? Eram seis, sete, oito quilômetros de corrida, musculação, salto. O time andava, rapaz. Aí o Abel veio, pegou, deu as ideias dele. Abel é malandro, é craque. Deu o jeitinho. O que aconteceu? Quase foi campeão. A parte estrutural do trabalho físico não vai mudar nunca. O que pode mudar é a integração sua com o treinador”, completou.