O organizador de qualquer evento fica com 100% da renda líquida, exceto nos casos em que a responsabilidade pela organização tenha sido compartilhada entre sócios ou empresas. E aí a divisão do lucro varia em cada caso.
No futebol, o clube mandante fica com todo o lucro líquido de um jogo que sediou. No entanto, o cenário será diferente no Paysandu. Pelo menos até os próximos meses.
Isso porque o clube paraense se comprometeu a transferir 2% das receitas ao processo trabalhista com o jogador Pimentinha. A disputa judicial continua no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT16).
O acordo prevê o repasse de quase R$ 81 mil, sendo divididos entre Pimentinha e custas do processo. O clube já pagou R$ 27.588,26, e o restante (R$ 53.270,96) será retirado das rendas dos jogos.
Cada parcela vale R$ 7 mil e deve ser transferida até o dia 25 de cada mês, conforme determinou o TRT 16.
“O clube propôs já liberar o valor que se encontra bloqueado (R$27.588,26) ao reclamante (Pimentinha) e 2% da renda líquida das rendas de jogos, com garantia mínima de R$7.000,00 por mês, ou seja, se os 2% da renda líquida por mês não alcançar o valor de R$7.000,00 o clube completa até chegar a este valor”, explicou o tribunal, em nota, após contato do Torcedores.

Pimentinha vai receber R$ 72 mil mediante a Justiça do Trabalho – imagem: divulgação/Paysandu
Quem são os responsáveis pela contratação?
Pimentinha foi contratado em 2019 e ficou apenas três meses. Jogou oito partidas e não marcou nenhum gol.
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Na época, o Paysandu era presidido por Ricardo Gluck Paul e tinha Felipe Albuquerque como executivo de futebol.

Felipe Albuquerque (à esquerda) e Ricardo Gluck Paul eram os dirigentes mais influentes no futebol do clube, na época em que Pimentinha foi contratado – imagem: divulgação/Paysandu
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