O técnico Renato Gaúcho não parece preocupado com as críticas que caíram em cima do seu trabalho no Flamengo. Em entrevista a rádio Gaúcha, de Porto Alegre, o treinador comentou a sua demissão do clube carioca em 2021. De acordo com ele, tudo o que estava à disposição da comissão técnica foi feito para que os resultados aparecessem. Logo, não mudaria absolutamente nada em relação as suas escolhas.
“Não me arrependo de nada de ter feito e faria tudo de novo do jeito que foi. O Flamengo estava disputando três competições e não tínhamos tempo para treinar. A cada dia estávamos disputando uma competição e sempre uma decisão”, disse.
Contudo, Renato mostrou mágoa em relação as críticas. O técnico destacou que foi julgado por conta dos seus posicionamentos políticos. Publicamente o treinador é um apoiador do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, e colecionou críticas por conta de alguns comentários. Porém, ressaltou que, no seu entendimento, apenas parte da imprensa tem adotado esse comportamento.
“Todo mundo sabe a pressão que é trabalhar lá. Faria tudo o que eu fiz nesse tempo todo. As pessoas gostam ou não de você. Infelizmente hoje em dia alguns jornalistas estão misturando política com futebol. Essa é a realidade. A pessoa não está mais preocupada com o trabalho e sim se você tem o candidato que ela apoia, se não ela te ataca. Estou falando agora e vocês sabem disso. Está acontecendo com o próprio Neymar. Alguns jornalistas não estão sendo profissionais.
Relação com Michael no Flamengo
Recentemente, Michael fez um agradecimento público a Renato Gaúcho pela confiança demonstrada por ele no período em que trabalharam juntos. De acordo com o jogador, o comandante foi fundamental para que sua confiança voltasse. O jovem foi diagnosticado com depressão e sofreu preconceitos e ataques.
“Falavam que um cara depressivo não podia jogar no Flamengo. Foi passando e chegou o Renato. Com clima leve, descontraindo, com trabalho, conselhos, com amor, mas acima de tudo, comigo, com muita confiança”, revelou Michael.
Questionado sobre o fato, Renato afirmou que seguiu uma linha de comportamento que possui no vestiário.
“O que eu fiz com o Michael eu faço com todos os jogadores por onde passo. Procurei ajudar porque eu fui jogador. (…) Acredito que muitos jogadores de muitos clubes passam pelo que ele passou. É saber tratar e passar a confiança para o jogador. É fundamental que o jogador sinta a confiança que o treinador tem nele”, concluiu.

