Home Futebol Campeão no MMA, ex-goleiro do Chelsea relembra futebol: “Foi o meu ápice”

Campeão no MMA, ex-goleiro do Chelsea relembra futebol: “Foi o meu ápice”

O ex-jogador do Chelsea precisou largar o futebol por conta de uma lesão crônica

Bia Bradley
Colaborador do Torcedores

O brasileiro Ricardo Praseal ex-goleiro do Chelsea e atual lutador de MMA, estreou no evento polonês KSW (Konfrontacja Sztuk Walki) no último sábado (19) contra o polonês Michal Kita, e falou sobre a experiência em entrevista ao “Canal Combate”.

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“Com certeza foi casa cheia pro cara. O MMA nunca é normal lotado assim. Sempre comento que o MMA veio como um bônus na minha vida. Quando encerrei a carreira no futebol não imaginava ser atleta novamente, chegar num evento grande”, disse o lutador.

“Comecei a lutar jiu-jitsu com meu irmão e as coisas foram começando a desenrolar, e consegui chegar a uns bons eventos. O MMA em si, lutando no Brasil, já acho uma coisa muito massa, que mexe com a adrenalina. Agora aqui na Polônia, num evento grande com casa lotada, a torcida toda do adversário. A adrenalina foi inexplicável”, completou.

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Com uma lesão crônica na cabeça do fêmur, crucial para encerrar sua carreira no futebol, o lutador relembrou da dificuldade que passou, mas ressaltou que o problema não atrapalha seu desempenho com o novo esporte.

“Eu passei pelo Chelsea e foi uma coisa mágica e inesquecível na minha vida. Lutar agora no KSW me marcou também. O Chelsea no futebol foi o meu ápice, rodeado de estrelas. Eu era um menino no meio daqueles caras. Depois ainda fui para a Bélgica por dois anos, e foi onde agravou o problema. A bursite crônica que eu tive no quadril foi o principal fator para eu parar. Me incomodava muito. Fiquei muito tempo sem jogar na Bélgica, e voltei para o Brasil. Aqui tentei manter a forma física e treinar em uns clubes no Paraná para voltar a jogar, mas acabei indo para o Atlético de Madri. Teve um treino com o time B em um campo sintético onde me lesionei. É um campo muito pesado e eu era alto, acabava dando muito impacto no quadril. Comecei a desanimar mesmo. Do Chelsea fui para clubes da segunda divisão do Paraná só para manter em forma, e depois, quando tive a oportunidade na elite novamente, eu nem conseguia treinar. Aquilo me desmotivou muito e eu optei por parar”.

Ricardo, que chegou na Polônia semana passada, falou sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele estava em Varsóvia, que fica a cerca de 394km da cidade de Lviv, na Ucrânia, e não observou nada incomum. Também falou sobre Roman Abramovich, presidente do Chelsea na época de sua passagem, e a venda do clube.

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“A gente ficou em Varsóvia e deu umas voltas pelo centro. Comentei até com meu irmão que a impressão que dá é que não está acontecendo nada. Parece que não tem nada para quem vê de fora. Tudo normal. Pessoas na rua normalmente. Nem parece que está acontecendo uma guerra aqui do lado. A única coisa que vimos foi uma parede repleta de banners pedindo fora Putin. Eu parei de jogar em 2012 e acabei me afastando do meio do futebol. Vi que o Abramovich botou o Chelsea à venda e até achei que era algo que não ia acontecer nunca. Como assim o cara está vendendo o clube? Foi um susto. É algo estranho pra mim”.

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Recentemente, o lutador penou em voltar para o futebol, mas optou por continuar no mundo da luta. “Profissionalmente acho fora de questão voltar. Pensei em voltar em uma segunda ou terceira divisão da Europa. Tenho amigos que ainda são jogadores e um está jogando na quarta divisão da Alemanha. Ele me apresentou e me mostrou pros caras e o time queria me contratar para jogar uma temporada. Chegou a me balançar, mas não sei. Pensei na ideia, mas voltei atrás. Fiquei no MMA mesmo”.

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