Nesta terça-feira (1), Willian, meia do Corinthians, usou suas redes sociais para pedir ações das autoridades em relação aos casos de violência que aconteceram no futebol brasileiro nos últimos dias.
“Não acontece nada com eles. Continuam fazendo, fazendo e fazendo. As autoridades toleram isso. Eu aprendi uma coisa. O que a gente tolera, não podemos reclamar. Estou aqui para dizer que temos, sim, de ficar indignados com essa situação. Temos que nos unir para combater a violência no futebol. Espero que as autoridades possam, de alguma forma, de uma vez por todas, fazer o que eles têm de fazer.
Nós entramos em campo para fazer o que podemos, mas não podemos controlar essas situações. Esperamos que as autoridades punam quem tem que ser punido, e que essa situação possa mudar no futebol brasileiro”, declarou Willian.
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Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Willian Borges Da Silva (@willianborges88)
Assunto recorrente no futebol brasileiro
Casos de violência e ameaças aos jogadores de futebol não são novidade, como bem citou Willian, mas preocupa o aumento da gravidade dos episódios. Villasanti, meia do Grêmio, sofreu traumatismo craniano após ser atingido por uma pedra arremessada contra o ônibus do clube. Já o ônibus que iria levar a delegação do Bahia para a Arena Fonte Nova foi atingido por uma bomba, com Danilo Fernandes quase perdendo a visão de um dos olhos. Além dele, outros jogadores da equipe baiana saíram feridos.
“Isso a gente sabe que não é de hoje, já aconteceu muitas vezes no passado. É um assunto muito grave. Muitas pessoas acham normal, e isso não pode ser tratado como um assunto normal. Nós, jogadores, entramos em campo para, sempre, fazer o nosso melhor. Não entramos em campo para brincar ou para perder de sacanagem, para fazer corpo mole. A gente sabe que no futebol, muitas vezes, as coisas não acontecem como queremos e só um time pode ganhar. Quando a outra equipe acaba perdendo, isso gera revolta por parte de alguns torcedores, que não são todos, e não são punidos”, finalizou Willian.
Casos no Corinthians
Conforme citado por Willian, essa situação já aconteceu no passado. No Corinthians alguns casos chamam atenção. No ano de 2000, Edilson deixou o clube após quase apanhar da torcida em protesto depois de eliminação na Libertadores em 2000.
Já em 2006, após eliminação para o River Plate na Copa Libertadores, torcedores destruíram cadeiras do estádio do Pacaembu e quase invadiram o gramado para agredir os jogadores. Porém o o policiamento evitou o pior, mas a arbitragem optou por encerrar o jogo aos 40 minutos do segundo tempo. No mesmo ano também aconteceu um episódio envolvendo Tevez, que teve seu carro chutado por torcedores. Após isso, ele deixou o clube para defender o West Ham.
O mais recente foi em setembro de 2020, onde torcedores cercaram a delegação do Corinthians após derrota para o Fluminense. Na ocasião, o Timão ficou próximo da zona de rebaixamento no Brasileirão com o tropeço fora de casa.

