Com 529 jogos, 13 títulos conquistados e 97 gols feitos, Andrés D’Alessandro construiu uma grande história de idolatria com a camisa colorada, com quem encerrou oficialmente a carreira no domingo passado fazendo até gol na vitória de 2×1 sobre o Fortaleza, no Beira-Rio. Mas, por incrível que pareça, a história de D’Ale no futebol brasileiro poderia ter sido com outra camisa.
E nas cores azuis. Em entrevista concedida recentemente à imprensa da Argentina, o agora ex-jogador profissional confirmou que o primeiro clube brasileiro que o procurou, ainda em 2008, foi o Grêmio. Na época, ele jogava no San Lorenzo e a parte financeira foi um dos fatores que deixou o tricolor com dificuldades de fazer a contratação.
Depois, o Inter, com ajuda de alguns investidores, acabou levando a melhor e fez a compra em julho daquela temporada:
“A história é a seguinte. Em 2008, o primeiro time que me procurou foi o Grêmio, quando eu estava no San Lorenzo. Mas o Grêmio não passava por um bom momento financeiro. O Internacional tinha um investidor importante e acabou comprando metade do meu passe”, disse D’Alessandro.
O técnico gremista naquela arrancada de ano era Vagner Mancini, que, ao Globoesporte.com, na época, chegou a falar da possível chegada de D’Ale ao seu elenco:
“Quando cheguei, o D’Alessandro já estava na lista feita pela diretoria. Dei o meu aval, porque trata-se de um grande articulador. Dos três jogadores com os quais estamos negociando, ele é o mais estrela. Não sei se é o mais eficaz”, destacou na época.
Futuro de D’Alessandro
Já com as chuteiras penduradas, D’Ale aproveita para curtir a família e ter momentos de descanso. No domingo passado, desconversou sobre o futuro:
“A partir de amanhã começo a mandar currículo pra ver se consigo algum departamento no clube (risos). Mas não reclamo de nada do clube. A dívida minha é muito grande com o Inter. Esse clube representa muito dentro da minha casa. Para a minha família também. O futuro ninguém sabe, mas amanhã serei mais um desempregado de tantos no mundo e vou aproveitar para descansar um pouco. Curtir a família. Mas sinto que minha história com o Inter ainda não fechou. Algo ainda vai acontecer, mas é preciso se preparar, adquirir conhecimento e num futuro vir trabalhar no Inter”, concluiu.
