Home Futebol Projeto, investimento e estatísticas; confira como o Palmeiras Feminino pode se tornar a surpresa da temporada

Projeto, investimento e estatísticas; confira como o Palmeiras Feminino pode se tornar a surpresa da temporada

Ao mesmo tempo que a categoria cresce, Verdão tem um projeto de se tornar potência no futuro

Christopher Henrique
Estudante de jornalismo pela Universidade Nove de Julho, com passagem pelo SPFC24Horas. Amante do Futebol Nordestino e do interior, visito sempre alguns estádios e sou fotógrafo na várzea.

Após ver seus rivais se tornando grandes clubes no futebol feminino, o Palmeiras começa a seguir o mesmo caminho. Hoje, o Alviverde briga pela liderança do Campeonato Brasileiro e no final do ano, terá sua primeira participação na Copa Libertadores da América.

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Santos e Corinthians foram peças fundamentais para o crescimento da modalidade

Desde que o Santos anunciou as “Sereias da Vila” em 2009 para 2010, o futebol feminino no Brasil mudou. Antes, um esporte que você só acompanhava nas Olimpíadas, e um apoio fraco da população. A partir dali, fez mais jovens garotas para tentarem oportunidades em poucos clubes – na época – que existiam no país.

Passado a geração Marta, Cristiane e companhia na Vila, chegou o Corinthians, em parceria com o Audax. Imediatamente, o projeto surtiu seus efeitos e em 2017, ganhou a Copa Libertadores contra o Colo-Colo. Era a sexta conquista de um time brasileiro da competição, com o São José sendo tricampeão, Santos bicampeão e a Ferroviária levantando a taça em 2016.

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Mas, e o Palmeiras? O Verdão nunca conseguiu nada relevante nesses tempos, deixando um pouco de lado o futebol feminino. Isso resultou na paralisação das atividades em 2012, priorizando as categorias de base masculinas e o profissional pós-rebaixamento para a Série B do Brasileirão.

Com a volta em 2019, o jogo mudou

Eventualmente, sete anos depois, o Palmeiras teria que montar uma nova equipe na modalidade. Isso ocorreu por causa de uma regra da CBF, onde obrigava os clubes a participarem de competições nacionais que garantiria vagas na Libertadores Feminina.

Desde que reativou o clube em Vinhedo em 2019, os resultados do novo projeto já vieram logo de cara. Garantiram o acesso para a primeira divisão nacional e estadual, conquistando também a Copa Paulista contra o São Paulo.

No Brasileirão, conseguiram chegar a final do torneio em 2021, quando perdeu para o arquirrival Corinthians. Atualmente, o Alviverde permanece invicto na competição até a quinta rodada, brigando com a Ferroviária pela liderança.

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Zaneratto, Andressinha, Calderan… Peças que levam o nome do clube para a seleção

Mantendo boa parte do elenco desde a retomada das atividades, o Palmeiras foi ao mercado para trazer experiência também ao clube. Em 2020, trouxeram por empréstimo a meia Camilinha e a centroavante Bia Zaneratto. As jogadoras pertenciam ao Pride (EUA) e Wuhan Xinjiyuan (CHN), respectivamente. Entretanto, com o final do contrato das jogadoras, começaram a fazer parte em definitivo do Verdão.

Juntamente com as duas, o Palmeiras trouxe mais alguns reforços e montou um elenco pra bater de igual para igual. Hoje, a equipe do treinador Hoffman Túlio é considerada uma das candidatas ao título inédito do Brasileirão.

A torcida que canta e vibra começa a apoiar também

Vendo os resultados que o clube conquista, não somente no masculino, a torcida começa a abraçar o projeto. Ainda tímida, algumas partidas já recebem os torcedores, sendo a maioria mulheres, que apoiam as jogadoras do começo até o final.

Agora, com o retorno do público aos estádios e a valorização da equipe, a tendência é a torcida ir com mais frequência aos jogos, principalmente os grandes duelos e clássicos. Um exemplo será no dia 05 de junho, quando o Allianz Parque receberá o dérbi entre Palmeiras e Corinthians.

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Dados históricos sobre o Verdão no feminino

  • Conquista da Copa Paulista em 2019, diante do São Paulo por 2 a 1
  • Vice-campeão Brasileiro em 2021, perdendo para o Corinthians
  • Maior goleada do Brasileiro de 2021: 8 a 0 contra o Napoli-SC
  • Na mesma edição, ter a artilheira do Campeonato: Bia Zaneratto, com 13 gols
  • Zagueira Thais ser a primeira jogadora do clube a completar 100 jogos