Home Futebol Willian Magrão não crê em acesso “tranquilo” ao Grêmio, cita saudades do Olímpico e diz como o título de 2008 escapou

Willian Magrão não crê em acesso “tranquilo” ao Grêmio, cita saudades do Olímpico e diz como o título de 2008 escapou

Ex-volante Willian Magrão iniciou a sua história no futebol vestindo exatamente a camisa do Grêmio

Eduardo Caspary
Jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014. Dupla Gre-Nal.

Com a experiência de já ter defendido na carreira clubes como Náutico e Ponte Preta, que integram a nominata da Série B deste ano, o ex-volante gremista Willian Magrão até acredita em acesso do Grêmio, mas não imagina “tranquilidade” na busca por esse objetivo. Em entrevista ao autor desta matéria, o jogador de 35 anos reforçou a torcida pelo time gaúcho, mas lembrou o quanto os rivais darão a vida para tirar uma casquinha do tricolor.

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“Eu tenho um carinho muito grande pelo Grêmio, pelos anos que fiquei lá, por tudo que vivi. Torço muito pelo clube ainda. Quero que o Grêmio volte para onde não deveria ter saído. Jogar uma Série B, assim, acho difícil o Grêmio subir “tranquilamente”, como você citou. Pois são jogos complicados, times que vão jogar a vida contra o Grêmio, que é um dos grandes na B esse ano. Vai ser difícil, mas eu tenho quase certeza que o Grêmio vai conseguir esse acesso”, declarou.

Magrão foi lançado no Grêmio ainda em 2007 por Mano Menezes e permaneceu até 2011, ou seja, só jogou pelo clube no antigo Estádio Olímpico e não pegou o tempo da Arena. A saudade do “Velho Casarão”, segundo ele, é grande:

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“O Olímpico era muito especial. Ali se fazia uma atmosfera com a torcida… então ali lembro que passamos um bom tempo sem perder jogos em casa. Sabíamos que como mandante éramos muito fortes por causa da torcida. A torcida do Grêmio nos empurrava, nos dava força. Tinha jogo que estávamos mal, perdendo e a torcida não parava de cantar, de apoiar. Isso daí nos ajudava muito. Ajudava inclusive a empatar e virar jogos. Aquela atmosfera feita pela torcida no Olímpico era algo fenomenal”, comentou.

Willian Magrão se destacou pelo Grêmio na temporada de 2008

Até hoje, a grande temporada de Willian Magrão na carreira foi em 2008, quando, ao lado de Rafael Carioca, formou uma regular dupla de volantes que conduziu o time gremista em grande campanha no Brasileirão. Treinado por Celso Roth, o Grêmio chegou a liderar e ficar com 11 pontos de vantagem do São Paulo, que viria mais tarde a ser o campeão.

Olhando em retrospectiva, o volante entende que, na época, o que pesou para a perda da taça foi a ausência de jogadores mais experientes no elenco:

“Eu e o Rafael, quando terminou a temporada, lembro que falavam que fizemos uma das melhores duplas de volantes do Grêmio. Estávamos no meio dos melhores. Foi muito gratificante, muito bom mesmo. Um ano especial para todos nós. Só que, infelizmente, não fomos coroados com o título brasileiro. Perdemos para o São Paulo mesmo com a vantagem grande que tínhamos. Acho que, para nós, faltou ter mais jogadores experientes no nosso grupo. Tínhamos poucos. Penso que isso foi determinante para não termos ficado com o título”, citou, antes de acrescentar:

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“Sem dúvida, o meu melhor ano foi em 2008. Pelo que vivi, pelo que joguei, pelo que conquistei. Como foi aquele ano né… não tem como ser diferente, meu melhor ano foi 2008 pelo Grêmio”.

Futuro na bola

Ainda em atividade, Magrão jogou o estadual de Goiás em 2022 com a camisa da Aparecidense e sem entrar em muitos detalhes afirma ter se decepcionado. Está sem clube no aguardo de algo “concreto” para seguir jogando:

“Infelizmente, as coisas na Aparecidense não aconteceram das coisas que eu imaginava. E agora espero continuar a minha carreira esperando algo concreto, algo que agrade, para continuar. Depois, talvez siga no futebol como gerente ou empresário. Sigo indo por alguns caminhos e esperando o que vai acontecer”, concluiu.