A criação de uma liga entre os clubes brasileiros não tem cumprido o seu papel, que é de unir as equipes no Brasil. Isso porque a criação da Libra, a Liga do Futebol Brasileiro, criou problemas entre os fundadores e apoiadores com relação aos opositores. De um lado, aparecem Corinthians, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Flamengo, Vasco e Cruzeiro, contra o outro lado, que é o grupo Futebol Forte, composto por 23 clubes das Séries A e B do Brasileirão. Em contraponto, alguns clubes como Atlético-MG, Internacional, Grêmio, Bahia e Botafogo se mantém neutros. De qualquer forma, já há uma preocupação com os futuros direitos de TV de uma possível nova liga nacional.
Em entrevista ao jornal O Globo, o profissional de markteting Fábio Wolff, dono da Wolff Sports, disse que o ideal é que os times não se dividam em blocos na negociação pelos direitos de TV. A ideia é que eles cheguem a um consenso para que isso não gere problemas.
“Em caso de blocos, não há a garantia que o produto vai ter o mesmo padrão. Cada grupo pode vender seus jogos para uma TV diferente, cada clube fará sua transmissão de maneira diferente e as pessoas podem se perguntar onde assistir aos jogos. Isso faz o produto perder valor. O ideal é se entenderem, designarem um porta-voz e promoverem o evento”, disse o profissional.
Libra deve sair ganhando
Pelo peso dos clubes e por ter uma liga formada e oficializada, a Libra, que conta com gigantes do futebol brasileiro, mesmo em número menor, sairia ganhando nas negociações. Também ao O Globo, o especialista em negócios do esporte, Armênio Neto explicou que a Libra sairia vencedora na comparação, mas o ideal ainda seria uma negociação em conjunto.
“Se negociarem em dois blocos separados, os clubes do grupo da Libra ganhariam mais que os do Forte Futebol porque o valor está na audiência, nos mercados em que esses times estão inseridos. Mas todos saem perdendo se pensarmos nos resultados de uma negociação verdadeiramente em conjunto.”

