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Fluminense na Libertadores: A conquista da América que parou nos pênaltis

Em 2008, Tricolor ficou muito próximo do seu primeiro título da principal competição Sul-Americana, mas parou no goleiro Cevallos

Christopher Henrique
Estudante de jornalismo pela Universidade Nove de Julho, com passagem pelo SPFC24Horas. Amante do Futebol Nordestino e do interior, visito sempre alguns estádios e sou fotógrafo na várzea.

Um dos grandes elencos da história do Fluminense foi montado em 2008, quando por muito pouco não fez história na Copa Libertadores. Na época, a equipe comandada por Renato Gaúcho trouxe Thiago Neves em definitivo, além de permanecer com jogadores como Dodô, Washington, Fernando Henrique e Thiago Silva, que se tornariam fundamentais na competição.

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O Tricolor, que no ano anterior terminou em 4º lugar no Brasileirão e conquistou a última vaga direta para a competição, teria pela frente a LDU de Quito, o Arsenal de Sarandí e o Libertad na fase de grupos. Com 100% de aproveitamento em casa, e perdendo apenas para o Arsenal na Argentina, a equipe se classificou para o mata-mata com 13 pontos.

Além disso, o Fluminense terminou com a melhor campanha da fase de grupos, e teria pela frente o Atletico Nacional, que terminou com o pior desempenho. Sem muitas dificuldades, o Flu venceu as duas partidas (2 a 1 em Medellín e 1 a 0 no Maracanã), seguindo adiante na busca pelo título inédito, mas precisaria passar por uma equipe tradicional na Libertadores: o São Paulo.

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Vitória inesperada e fatal contra o São Paulo

Considerado favorito no confronto, o torcedor do São Paulo lotou o Estádio do Morumbi e venceu por 1 a 0, com gol de Adriano, que aproveitou o rebote no chute de Dagoberto. Para conseguir a vaga, o Tricolor carioca teria que vencer em casa por dois gols de diferença. Essa desvantagem durou apenas onze minutos no Maracanã, já que Washington abriu o placar para o Fluminense.

No segundo tempo, o artilheiro do Tricolor paulista foi importante para a equipe, empatando o jogo aos 25 minutos. Porém, Dodô não perdeu tempo e na saída de bola, aproveitou a oportunidade para colocar novamente o Flu na frente do marcador. Restavam pouco mais de 20 minutos, e a pressão foi total dos donos da casa, até que um escanteio decidiu a classificação. Na cobrança, Thiago Neves, e a cabeçada de Washington, aos 47 minutos do segundo tempo fez o gol que levou o Fluminense para as semifinais.

Medo da Bombonera? Não para o Fluminense

Sendo o único brasileiro ainda vivo na Libertadores, para chegar na final teria que passar novamente por outra equipe tradicional no continente: o Boca Juniors. Mesmo jogando na Bombonera, contra Riquelme, Palacio, Palermo e companhia, não foi motivo para o Tricolor temer. O empate em 2 a 2 na Argentina foi considerado uma vitória para os cariocas, que novamente decidiriam no Maracanã, com a torcida ao seu lado.

Jogando em casa, as mais de 85 mil pessoas fizeram do maior estádio do Rio de Janeiro um verdadeiro caldeirão. Entretanto, Palermo quase estragou a festa do Fluminense, fazendo o primeiro para os argentinos. Contudo, a estrela de Washington novamente brilhou, e o atacante empatou o jogo cinco minutos depois, com um golaço de falta.

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Darío Conca, aos 25, virou o jogo e colocou a equipe a um passo e meio da grande decisão, e deixando para que Dodô decidisse o confronto, no último lance. Nas imagens da época, muito era mostrado a emoção dos torcedores em ver a equipe das Laranjeiras chegar tão longe na principal competição Sul-Americana.

A derrota no Casablanca não foi o que mais doeu no torcedor Tricolor

Assim como na fase de grupos, o Fluminense chegou a grande decisão da Copa Libertadores contra a LDU, que deixou o América do México pelo caminho. Por ter obtido a melhor campanha, o jogo do título seria no Maracanã, enquanto os primeiros 90 minutos aconteceriam na capital equatoriana.

Antes disso, o Tricolor sofreu com a altitude de Quito e o começo apagado foi suficiente para os donos da casa abrirem uma vantagem de 4 a 1 no primeiro tempo. Thiago Neves, que se tornaria fundamental na partida final, fez o gol da esperança logo no começo da segunda etapa.

No Maracanã, mesmo com 90 mil presentes, novamente o Flu não teve um bom início, vendo Bolaños aumentar a vantagem para os equatorianos logo aos 5 minutos. Mas o camisa 10 fez os três gols que a equipe brasileira precisava, levando a disputa para as penalidades máximas. No entanto, o goleiro Cevallos fez três defesas, sendo uma das cobranças do meio-campo, e a LDU conquistou o título, que dói até os dias atuais para o torcedor do Tricolor.

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Confira o desempenho do Fluminense na Copa Libertadores de 2008

  • 1ª Rodada – LDU (EQU) 0 – 0 Fluminense
  • 2ª Rodada – Fluminense 6 – 0 Arsenal de Sarandí (ARG)
  • 3ª Rodada – Libertad (PAR) 1 – 2 Fluminense
  • 4ª Rodada – Fluminense 2 – 0 Libertad (PAR)
  • 5ª Rodada – Arsenal de Sarandí (ARG) 2 – 0 Fluminense
  • 6ª Rodada – Fluminense 1 – 0 LDU (EQU)
  • Oitavas de Final: Jogo de ida – Atlético Nacional (COL) 1 – 2 Fluminense
  • Oitavas de Final: Jogo de volta – Fluminense 1 – 0 Atlético Nacional (COL)
  • Quartas de Final: Jogo de ida – São Paulo 1 – 0 Fluminense
  • Quartas de final: Jogo de volta – Fluminense 3 – 1 São Paulo
  • Semifinal: Jogo de ida – Boca Juniors 2 – 2 Fluminense
  • Semifinal: Jogo de volta – Fluminense 3 – 1 Boca Juniors
  • Final: Jogo de ida – LDU 4 – 2 Fluminense
  • Final: Jogo de volta – Fluminense 3 – 1 LDU (1-3 nos pênaltis)