Home Futebol Frustração na Champions, poucos gols e título com vaias: a primeira temporada de Messi no PSG

Frustração na Champions, poucos gols e título com vaias: a primeira temporada de Messi no PSG

Craque argentino teve desempenho de pouco brilho e não ajudou PSG na sonhada conquista europeia

Fernando Cesarotti
Jornalista.

O acerto de Messi com o Paris Saint-Germain, em 10 de agosto de 2021, não foi exatamente uma surpresa depois da bomba maior, que “explodiu cinco dias antes”, quando o Barcelona anunciou a saído do craque por questões financeiras. Afinal, era notório no mercado da bola que poucos times teriam cacife financeiro para bancar um dos melhores jogadores do mundo.

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Muito se falou sobre um possível reencontro com Pep Guardiola, no Manchester City. Mas Messi acabou optando por outro: quatro anos depois, volva a ser parceiro de Neymar, vendido pelo Barça ao PSG em 2017 e agora dono da camisa 10. Restou ao argentino ficar com a camisa 30.

E foi com ela que Messi viveu uma temporada marcada por mais frustrações do que alegrias. Na tentativa de repetir com Neymar e Mbappé o trio de sucesso que havia vivido antes com Neymar e Luis Suárez, somou mais um título nacional a sua extensa galeria, mas ficou longe de mostrar o futebol encantador de outrora, despertou desconfianças de que começa a sentir mais o peso da idade – faz 35 anos em junho – e não conseguiu realizar o maior sonho da torcida parisiense, a Liga dos Campeões.

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Primeiro gol contra o ex-mentor

O sorteio acabaria colocando PSG e Manchester City no mesmo grupo da Liga dos Campeões. Um grupo relativamente fácil, ao lado de Brugge e RB Leipzig, no qual ficou claro desde o início que os dois gigantes brigariam apenas pela liderança.

E o PSG saiu na frente: foi justamente na vitória por 2 a 0 sobre o time de Guardiola, no Parc des Princes, que Messi fez seu primeiro gol com a nova camisa. O PSG perdeu o confronto de volta em Manchester, e acabou com o segundo lugar do grupo.

Só que o sorteio foi ingrato, e colocou o clube frente a frente com ninguém menos que o Real Madrid. Para quem busca a primeira Champions, seria um desafio e tanto enfrentar o maior dos campeões do torneio logo no primeiro mata-mata. Caberia a Messi liderar o time junto a um rival já bem conhecido.

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Antes do duelo, a primeira turbulência

Mas o ano não começou nada auspicioso para o bilionário time da capital francesa – que, a bem da verdade, até vinha vencendo, mas sem convencer muito. O trio Messi, Neymar e Mbappé nunca chegou a brilhar, e o técnico Mauricio Pocchetino suava para transformar um bando de craques em uma equipe consistente.

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O primeiro grande tropeço veio na Copa da França, em 31 de janeiro. Sem Neymar, contundido, o PSG recebeu o Nice no Parc des Princes, não conseguiu sair do 0 a 0 e acabou eliminado nos pênaltis, por 6 a 5. Messi ao menos acertou sua cobrança, a primeira da equipe.

Em 15 de fevereiro, o PSG recebia o Real para o jogo de ida. Martelou, pressionou, se impôs, mas só conseguiu tirar o placar do zero já nos acréscimos, com um gol de Mbappé. Messi mais uma vez teve uma noite discreta.

No Santiago Bernabéu, em 9 de março, o PSG pareceu jogando em casa durante a maior parte do tempo: teve mais ações ofensivas, dois gols anulados por impedimento e abriu p placar no fim do primeiro tempo, de novo com Mbappé – que, naquele momento, tinha sua transferência para o rival daquela noite dada como certa. Com dois gols de vantagem do placar agregado, o confronto parecia resolvido para o PSG. Só parecia.

Momentos de terror e pânico

Aos 15 minutos do segundo tempo, o goleiro Donnarumma recebeu um recuo, se atrapalhou e, pressionado por Benzema, acabou entregando a bola para Vinícius Jr., que rolou para o centroavante francês empatar.

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Sem gol fora como critério de desempate, bastava um gol para o Real levar o duelo à prorrogação. Mas o time da casa aumentou a pressão e Benzema fez logo dois em menos de três minutos, aos 30 e 32. Sem reação, o PSG só foi ameaçar numa falta cobrada por Messi, já nos acréscimos, mas a bola saiu por cima do gol de Courtois.

A partir dessa noite, o PSG foi vaiado em praticamente todos os jogos em casa até o fim da temporada, e Messi, apontado como um dos responsáveis por mais um fracasso. A conquista da Ligue 1 foi vista como mera obrigação de um clube bilionário, e a torcida já deixou claro que as exigências continuarão na próxima temporada.

Atrapalhado constantemente por lesões, especialmente no segundo semestre de 2021, Messi fechou seu primeiro ano no PSG com 34 jogos disputados, 11 gols e 14 assistências. A fanática torcida espera por mais a partir de agosto.

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