A ATP anunciou no início da tarde nesta sexta-feira (20) que retirou toda a pontuação destinada para o Grand Slam de Wimbledon na temporada 2022 em protesto contra a decisão de banir a participação de tenistas russos e bielorrussos no torneio.
Esta decisão acabou criando um “efeito cascata” imediato e em pouco menos de uma hora após o anúncio da ATP, a ITF também divulgou uma nota oficial com a mesma medida.
Ou seja, os torneios masculino, juvenis (masculino e feminino) e sob cadeira de rodas de Wimbledon não contarão para nenhum ranking do circuito mundial de tênis. Os resultados de 2021 seguirão válidos até pelo menos junho de 2023.
Na época, a organização de Wimbledon divulgou que estaria banindo tenistas russos e bielorrussos devido à guerra iniciada pelas forças militares da Rússia contra o território da Ucrânia. Porém, esta decisão foi imediatamente criticada pela ATP por considerarem injusto punir os tenistas pelas ações tomadas pelo governo russo.
Cabe esclarecer porém que todos os torneios da ATP na Inglaterra próximos de Wimbledon (como o tradicional torneio de Queens) seguirão contabilizando pontos.
Até o fechamento deste texto, a WTA não havia se manifestado oficialmente em relação à decisão da ATP sobre o torneio de Wimbledon.
Porém, cabe ressaltar que a decisão não está sendo unânime entre os jogadores. Dan Evans, segundo britânico mais bem colocado no ranking masculino, disse à BBC que não concordava com a retirada de pontos, mas não se posicionou em relação ao banimento de russos e bielorrussos.
Os eventos masculinos da ATP incluem Queen’s e Eastbourne na preparação para Wimbledon, e há três torneios WTA em Nottingham, Birmingham e Eastbourne.
A Rússia foi anteriormente proibida de defender seus títulos da Copa Davis e da Copa Billie Jean King após a invasão da Ucrânia pelo país – uma guerra apoiada pela Bielorrússia.
A ATP e a WTA suspenderam seu evento combinado programado para acontecer em Moscou em outubro. A Federação Internacional de Tênis (ITF) também cancelou seus eventos no país
