Al Unser Jr. foi um dos grandes nomes do automobilismo norte-americano, ao longo das décadas de 1980 e 1990. Campeão da Fórmula Indy, o piloto teve a oportunidade de pilotar uma Williams, na Fórmula 1. O teste aconteceu no circuito de Estoril, em Portugal no ano de 1991.
O então piloto da Galles recebeu um convite de Frank Williams e guiou uma versão simplificada do Williams FW14B, carro que entrou para a história com uma série de recursos tecnológicos e que garantiu o título para Nigel Mansell, em 1992.
Enquanto o Leão contou com a ajuda do controle de tração e da suspensão ativa ao longo da temporada, Al Unser Jr. teve em suas mãos um bólido mais limitado, com câmbio semiautomático.
Na pista, “Little Al” registrou o quinto tempo mais rápido, com a marca de 1m15s2, e ficou três segundos atrás do britânico Damon Hill, que era piloto de testes e anotou 1m12s2. Vale ressaltar, que Hill seria titular em 1993 e conquistaria o campeonato mundial pela equipe de Frank Williams em 1996.
A diferença entre os pilotos ficou relacionada aos recursos eletrônicos, enquanto o americano pilotou uma versão básica do FW14B, o inglês testou a Williams com suspenção ativa e controle de tração.
Diferenças
Al Unser Jr. encontrou uma série de diferenças entre os carros da Fórmula 1 e da Fórmula Indy. A Williams era mais leve que a Galles pilotada por ele nos Estados Unidos, além de ter uma pressão aerodinâmica maior, o que garantia maior estabilidade e aderência.
Apesar da expectativa, a Williams descartou a possibilidade de assinar um contrato com “Little Al” para 1992. Na ocasião, o time de Grove tinha confirmado como titulares Nigel Mansell e Riccardo Patrese.
Sucesso e decadência
Sem oportunidade na Fórmula 1, Al Unser Jr. focou em sua carreira nos Estados Unidos. O piloto conquistou o título da Fórmula Indy em 1994 e faturou duas edições das 500 Milhas de Indianápolis, em 1992 e 1994.
Na vida pessoal, o norte-americano encontrou uma série de obstáculos. Alcoólatra, Al Unser Jr. foi preso por dirigir embriagado algumas vezes e também se separou de sua esposa Shelley, que faleceu em 2018.
O casal teve quatro filhos e uma delas, Cody, ficou paraplégica aos 12 anos por desenvolver mielite transversa.

