Em entrevista concedida nesta semana ao jornalista Duda Garbi, o ex-goleiro Fernando Prass falou com mais detalhes da sua relação com o Grêmio. Muitos podem não saber, mas o arqueiro que se consagrou por Vasco da Gama e Palmeiras iniciou no futebol exatamente no tricolor. Foram 10 anos entre categorias de base e profissional, sem nunca ter atuado no time de cima.
“Eu era de Viamão, jogava em um clube de lá e participei daquele torneio famoso aqui do Rio Grande do Sul, o Guri Bom de Bola. Joguei bem contra o Grêmio e me levaram. Fiquei 10 anos na base. Em 1997, tive uma lesão grave de ligamento cruzado no joelho, fiz cirurgia, voltei depois de 11 meses como oitavo goleiro do time juvenil. Antes, estava jogando. No fim acabei não fazendo nenhum jogo no profissional do clube”, citou.
Já aposentado dos gramados, Prass relembrou uma ocasião em que foi procurado por Denis Abrahão, vice de futebol atual e também dirigente da época. O goleiro estava no Coritiba no começo dos anos 2000 e ainda tinha contrato com o Grêmio:
“Eu cheguei a falar com o Denis Abrahão. Ele queria minha volta para eu ser o terceiro goleiro atrás do Danrlei e do Eduardo Martini. Só que a proposta salarial era três vezes menor do que eu ganhava no Coritiba, onde eu era titular. Aí eu falei pro Denis que não tinha como. Fizemos um acordo e eu fiquei no Coxa”, comentou.
Prass poderia ter voltado para o Grêmio?
Segundo conta o ex-goleiro, houve uma conversa com o Grêmio no final da temporada de 2012, mas ele já havia dado a palavra para o Palmeiras após sair do Vasco:
“Em 2012 eu tive pra vir pro Grêmio. Estava saindo do Vasco, só que tinha acertado com o Palmeiras. Na época, o diretor era o Rui Costa e o técnico era o Vanderlei Luxemburgo. Me falaram pra entrar em contato se não fechasse com o Palmeiras. Eu não tinha assinado ainda, mas tinha dado a palavra”, disse, antes de terminar:
“Até tentei (voltar no final da carreira para o Grêmio), mas não deu. Não teve nada, não (risos)”.

