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Mesmo com três dos quatro surfistas classificados para o dia final em El Salvador sendo brasileiros, foi o americano Griffin Colapinto que se sagrou campeão na tarde desta sexta-feira (17). No entanto, o título foi muito contestado pela torcida brasileira.
Os dois surfistas entraram no mar com estratégias bem diferentes para a final. Enquanto Toledo estava sentado no point e sendo mais seletivo nas escolhas de onda, Colapinto optou por ficar mais para baixo do pico e surfar mais. Mesmo assim, os primeiros minutos da bateria começaram devagar, com poucas ondas surfadas e nada acima da casa dos 3 pontos.
Com 27 minutos no relógio, o brasileiro fez a melhor onda da final. Ele começou com um belo alley-oop, fez uma rasgada e depois conseguiu outro aéreo. Com isso, Toledo tirou um 9.57, a segunda melhor nota do campeonato, ficando atrás apenas do 9.70 que ele próprio obteve na semi contra Ítalo Ferreira.
Mais uma onda excelente do @Filipetoledo77 no #SurfCityElSalvadorPro , agora com um 9.57 na grande final contra Griffin Colapinto (EUA). #WSLBrasil
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Na sequência, Colapinto pegou uma onda mais longa, o que lhe permitiu fazer uma combinação variada com sete manobras de borda e tirar uma nota 9.00 (que foi o número que causou bastante discórdia entre os brasileiros). Logo atrás, Toledo respondeu fazendo três manobras fortes e conseguindo um 5.17. Poucos depois, o americano pegou uma onda pequena, na qual conseguiu dar dois aéreos e ter outra sequência variada de manobras, o que foi suficiente para obter 5.27.
Com 12 minutos para o fim, os dois surfistas trocaram suas segundas notas. Filipe Toledo fez uma rotação completa no ar e cinco manobras de pouca expressão, já que a onda ficou muito pequena, e assim tirou 6.43. Griffin Colapinto também abriu com um aéreo, mas suas manobras com o fundo da prancha foram melhores do que as do brasileiro, pois a onda tinha mais qualidade, e com isso ele conseguiu uma nota 7.00. Dessa forma, a bateria ficou com o placar empatado em 16.00 pontos, mas o brasileiro levava a vantagem por ter a nota mais alta.
Assim como aconteceu em G-Land, quando Toledo perdeu o título nos instantes finais para Jack Robinson, em El Salvador, Colapinto virou a bateria com 3 minutos restantes no relógio. Mesmo com o brasileiro tendo a prioridade, ele pegou uma boa onda e fez um reverse, um cutback e terminou com mais um aéreo, o que foi suficiente para garantir uma nota 8.00 e o título da etapa, já que Toledo não conseguiu outra oportunidade para surfar.
Onda nota 8.0 que deu o título do #SurfCityElSalvadorPro apresentado por @corona para Griffin Colapinto (EUA) em virada no fim da bateria da final sobre o Filipe Toledo. #WSLBrasil pic.twitter.com/QpMDKEoI9x
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Caminho até o título
Round 1: Griffin Colapinto 9.60 x Jake Marshall 10.33 x Caio Ibelli 12.00
Round de eliminação: Griffin Colapinto 13.84 x Carlos Munoz 8.90
Oitavas de final: Griffin Colapinto 13.67 x Jordy Smith 10.83
Quartas de final: Griffin Colapinto 17.60 x Kanoa Igarashi 16.20
Semifinal: Griffin Colapinto 13.30 x Gabriel Medina 13.17
Final: Griffin Colapinto 17.00 x Filipe Toledo 16.00
Este foi o terceiro confronto entre Filipe Toledo e Griffin Colapinto na elite WSL. O primeiro aconteceu em Portugal, no mês de março, quando Colapinto conquistou seu primeiro título no tour. A segunda batalha entre os dois foi na última etapa de G-Land, e o brasileiro levou a melhor vencendo a bateria das quartas.
Congratulations #GriffinColapinto, winner of the #SurfCityElSalvadorPro pres. by @corona
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Mesmo com a derrota na final, Toledo mantém a liderança do ranking. Enquanto isso, Colapinto pulou quatro lugares e agora ocupa a terceira posição. Ítalo Ferreira, que parou nas semis, também entrou no Top 5 e está atrás do americano na classificação. Já Gabriel Medina chegou em sua segunda semifinal consecutiva, e com isso mantém vivo o sonho de ir para a Rip Curl Finals em Trestles, mesmo não tendo participado das primeiras cinco competições do ano.
A próxima etapa do Circuito Mundial de Surfe acontece no Brasil. Entre os dias 23 e 30 de junho, a WSL realizará o Oi Rio Pro nas ondas de Saquarema.
