A partida contra o Sampaio Corrêa vem rendendo mais assunto pelo que aconteceu fora de campo do que pela vitória em si. O Grêmio venceu por 2 a 0, mas novamente não convenceu. Após o jogo, vários jogadores pediram apoio aos torcedores e que esses deixassem as vaias de lado.
A cada rodada, parece que o Tricolor se distancia mais de sua torcida. Desde o início do ano a imprensa gaúcha já garantia que a manutenção de Vagner Mancini, Thiago Santos, Diogo Barbosa e outros jogadores diretamente envolvidos no rebaixamento no ano passado seria prejudicial para a relação com o torcedor, abalado e decepcionado com o terrível desempenho.
E tudo se confirmou. Mancini foi embora, mas o time permaneceu, entre eles quase todos os jogadores que estavam envolvidos na campanha do ano passado.
Na última rodada, a torcida compareceu em peso na Arena. O público acabou sendo o recorde do tricolor no Brasileirão Série B, cerca de 30.767 torcedores. O público participou cantando o jogo todo e aplaudindo principalmente Diego Souza. Além disso, tratou de vaiar aqueles com baixo desempenho, como Diogo Barbosa e Thiago Santos.
“Hoje ocorreu muitas vaias em torno de companheiros meus. Quando você vaia um jogador, todos os outros também sentem. Eu estou de fora e tenho relação boa com todos os colegas.”- Falou o lateral Edilson, após a partida.
Segundo Trajano, o problema é que a torcida gremista ainda está chateada com a última temporada e a manutenção do dirigentes e jogadores só piorou a questão, pois demonstraria uma falta de mudança dentro do Grêmio.
Thiago Santos foi muito vaiado
Durante o jogo, o zagueiro Natã teve que ser substituído, a torcida esperava um jogador novo, quem sabe Heitor? Da mesma posição que o jovem que saia, ou até um meia, um atleta da base Tricolor? Mas não, o escolhido foi Thiago Santos, um dos mais marcados pelo torcedores e a reação não poderia ser diferente. Muitas vaias, para Roger, para Thiago Santos, para a postura medrosa do Grêmio.
Thiago Santos é o símbolo de uma postura defensiva. Um jogador sem capacidade ofensiva nenhuma, com sérios problemas de passes e saída de bola. Nos últimos meses, ele esteve fora dos planos e não entrava desde o Gauchão. No entanto, quando Villasanti foi convocado na data Fifa, algumas rodadas atrás, o atleta foi colocado novamente para jogar e desde então vem sendo utilizado sempre.
Outro que foi muito vaiado é Diogo Barbosa. O lateral, muito criticado sempre que joga por suas deficiências defensivas, recebe um salário altíssimo e é o principal símbolo da política desastrosa gremista de pagar muito para jogadores limitados. Política essa que acabou resultando no rebaixamento no ano passado, com um time que custava 15 milhões por mês.
Jornalista afirma que Grêmio é um time medroso
Segundo Trajano, o própria torcida gremista vê o time como “medroso”, sem armação e com pouca capacidade ofensiva. Vencer não é o suficiente, convencer com uma atuação dentro de campo é essencial.
Para melhorar a relação com a torcida, não será o suficiente pedir apoio e criticar as vaias, será necessário mudanças, de atitude e de comportamento do próprio Grêmio.
Desde os últimos anos, o time tem se afastado a ponto de aparentar acreditar que pode existir sem sua torcida. Mas isso não existe, o Grêmio é uma equipe de futebol, e como todas as equipes, só existe em função de pessoas que torcem por ela. Então, talvez os dirigente tenham que entender isso para voltar a conectar o torcedor e o que esse deseja com o que o time apresenta.

