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Os 10 games mais importantes da última década

Hollow Knight, Zelda Breath of the Wild e Fortnite, o que esses games têm em comum? Esses e outros jogos, foram muito importantes para a revolução dos jogos eletrônicos nos últimos anos

Cristiano Cricas
Colaborador do Torcedores

A última década foi recheada de grandes jogos. Como resultado, quem curte jogar videogame tem, praticamente, um “universo” de jogos disponíveis, para todos os gostos. Além disso, muitos desses jogos mudaram a indústria de games para melhor, revolucionando a forma de jogar e de curti-los.

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Portanto, listamos 10 desses jogos, juntamente com o motivo de serem tão importantes. E claro, essa lista poderia ter 20, 30 ou muito mais jogos, e também, poderia ser uma lista completamente diferente se fossem considerados outros aspectos. Mas aqui, vamos analisar o ponto de cada jogo e o legado que deixaram para os próximos.

CS:GO (lançamento: 2012)

Por volta dos anos 2000, era comum ver as lan houses cheias de pessoas jogando Counter-Strike 1.6 e até, criando campeonatos locais. Ainda assim, foi graças a Counter-Strike: Global Offensive, lançado em agosto de 2012, que os jogos de competição FPS trilharam o caminho para competições mundiais, como as existentes atualmente.

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E claro, quando falamos de esports, também precisamos lembrar da influência de League of Legends, responsável por campeonatos com recordes de públicos. Inclusive, o jogo também estaria nessa lista, porém, seu lançamento foi em 2009! Pois é, já faz mais de 10 anos! Então, na última década, esse destaque fica por conta de CS:GO.

Divulgação / Blog oficial Counter Strike

Dark Souls (lançamento: 2011)

O estilo “soulslike” começou mesmo em 2009, com Demon’s Souls no PS3. Mas Darks Souls, lançado em setembro de 2011, ou seja, quase em 2012, que foi o responsável por levar adiante e consolidar o gênero “soulslike”.

Até então, muitos diziam que Demon’s Souls era um jogo difícil, e até reclamavam deste aspecto. Mas foi a partir de Dark Souls e, do refinamento de suas sequências (Dark Souls II e III), que cada vez mais jogos foram feitos, inspirados em suas mecânicas desafiadoras, instituindo o estilo “Git Gud” de jogar. Graças a isto, tivemos jogos como Bloodborne, Sekiro, Nioh e até Star Wars Jedi: Fallen Order, que tem algumas mecânicas inspiradas em “soulslike“.

Sem falar, é claro, que toda a evolução da desenvolvedora FromSoftware, fez o estilo de jogo chegar até o aclamado, Elden Ring.

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Divulgação / Steam, FromSoftware

Final Fantasy 7 Remake (lançamento: 2020)

Final Fantasy 7 original, lançado em 1997 é o jogo com o maior número de vendas da franquia, acumulando mais de 13 milhões de cópias vendidas. Por ser um grande sucesso comercial, em 2015 a Square Enix anunciou que iria fazer o Remake do sétimo jogo, tão pedido pelos fãs.

Mas Final Fantasy 7 Remake, lançado em abril de 2020, não está nesta lista por causa do sucesso comercial (se bem que este, já vendeu 5 milhões de cópias) e sim, por causa de como foi feito. Este é um grande exemplo de como fazer um Remake: o jogo não teve somente os gráficos, músicas e mecânicas atualizadas, e sim, deu muito mais profundidade a história e, inclusive, ousou arriscar e adicionar novos elementos na narrativa, fazendo até os fãs mais antigos ficarem surpresos com os novos rumos.

Um outro exemplo de remake que fez algo similar, mas de uma maneira de menor escala: Ratchet & Clank do PS4. O jogo também teve novidades comparadas ao original de 2002, mas, como citado antes, Final Fantasy 7 Remake deu um passo além, e sem dúvidas, vai influenciar novos remakes.

Divulgação / Square Enix

Fortnite (lançamento: 2017)

Sem sombra de dúvidas, o maior exemplo de sucesso em um jogo “free to play”. Fortnite Battle Royale, lançado em setembro de 2017, revolucionou completamente a forma de jogar online competitivamente, criando o “battle royale” de maior sucesso, até hoje.

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Um pouco antes, em março de 2017, foi lançado Playerunknown’s Battlegrounds, conhecido como PUBG. Mas a grande diferença é que Fortnite já era gratuito para jogar desde o lançamento de sua versão “Battle Royale”. E tempos depois, Fortnite também começou a fazer sucesso (e faz até hoje) vendendo itens cosméticos e personagens exclusivos.

Battle Royale do Fortnite
Divulgação / Epic Games

Forza Horizon (lançamento: 2012)

Forza Horizon, lançado em outubro de 2012, é um ótimo exemplo de como uma franquia nova pode ser criada com base em uma já existente. Em 2011 já havia sido lançado Forza Motorsport 4, que desde seu primeiro título, é focado no estilo simulador de corrida.

Mesmo com o “irmão mais velho” já estando na quarta edição, Forza Horizon arriscou levar o nome da franquia “Forza” para um estilo de jogo mais “arcade”, que é uma forma de curtir um jogo de corrida sem muita “burocracia” e recheado de personalizações, ao melhor estilo do saudoso Need For Speed Underground.

Por fim, o resultado dessa tentativa dá frutos até hoje, onde temos atualmente, Forza Horizon 5, que é um excelente jogo de corrida, tanto para jogadores casuais quanto para quem quer curtir boas corridas e uma ótima história.

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Divulgação / Microsoft Studios

Hollow Knight (lançamento: 2017)

Hollow Knight, lançado em fevereiro de 2017, é um metroidvania financiado via Kickstarter. Antes de tudo, pode ser visto como um jogo indie em meio a muitos outros, porém, o primeiro detalhe que chama atenção: a Team Cherry, desenvolvedora do jogo, é formada por apenas 3 pessoas: Ari Gibson, William Pellen e David Kazi.

Além da equipe pequena, o jogo se destaca pela qualidade e polimento no desenvolvimento e, também, pelo tempo de jogo, que fica em torno de 30 horas para a história principal. Vale lembrar que jogos metroidvania costumam ter entre 10 e 15 horas de duração, por exemplo.

Por isso Hollow Knight é tão importante, pois mostra que um jogo indie pode sim ficar muito acima da média, e influenciar também outros jogos, como influenciou em algumas mecânicas de Ori and the Will of the Wisps.

Divulgação / Team Cherry

The Last of Us (lançamento: 2013)

The Last of Us, lançado em junho de 2013, dispensa apresentações.

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O jogo te coloca num mundo pós apocalíptico de uma forma que poucos jogos conseguiram. Sobretudo, a forma como o jogador presencia a narrativa do jogo criou um precedente único, misturando exploração, ação e muitas cenas emocionantes.

Além disso, o jogo teve uma continuação, The Last of Us Part II em 2020 que reforça ainda mais os quesitos de exploração, ação e emoção do primeiro jogo. Sem dúvidas, é um jogo onde a ligação entre o jogador e os personagens da história, vai muito além do gameplay, fazendo o jogador repensar, inclusive, questões éticas e morais.

Divulgação / Sony Interactive Entertainment

Red Dead Redemption 2 (lançamento: 2018)

Red Dead Redemption 2, lançado em outubro de 2018 é, até hoje a “magnum opus” da Rockstar.

Não é somente o fato de ser um jogo de mundo aberto, e também, não é por ser conhecido como “GTA do velho oeste”. Mas é sim, pela obra como um todo: Red Dead Redemption 2 é um jogo onde cada pequena escolha influencia diretamente em como o mundo todo do jogo irá reagir à sua presença.

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Além disso, é um mundo extremamente detalhado, onde até o clima tem influência nas coisas e objetos, além da interação única com os NPCs. E por fim, a narrativa é muito rica, fazendo o jogador realmente querer saber mais sobre o protagonista Arthur Morgan.

Divulgação / Rockstar Games

Skyrim (lançamento: 2011)

The Elder Scrolls V: Skyrim foi lançado em novembro de 2011, quase em 2012 (assim como Dark Souls).

Este RPG ocidental de ação é amado e jogado por muitas pessoas ainda hoje, mais de 10 anos após o seu lançamento. O principal motivo é o seu vasto mundo aberto, cheio de missões secundárias para serem feitas. Antes de tudo, sabemos que outros jogos de mundo aberto já existiam, mas foi em Skyrim que este modo de jogo atingiu outro patamar.

É possível ver influências do funcionamento do mundo aberto de Skyrim em diversos outros jogos que seguiram parte desta receita e, principalmente após ele, a indústria como um todo, começou a investir muito mais em jogos de mundo aberto.

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Divulgação / Bethesda Game Studios

Zelda Breath of the Wild (lançamento: 2017)

The Legend of Zelda: Breath of the Wild, lançado em março de 2017, é um jogo extremamente diferente de qualquer outro Zelda até então.

É claro que o jogo tem quebra-cabeças, corações para a vida de Link e outros pontos que tornaram a franquia inconfundível. Mas o jogo adiciona outras mecânicas que não existiam antes, como as armas que quebram durante os combates e a possibilidade de colher e cozinhar itens encontrados pelo mundo.

O mundo aberto de Hyrule é outro ponto importante: durante seu percurso entre um ponto de interesse e outro, o jogador sempre vai encontrar diversas pequenas tarefas que enriquecem o gameplay. Além disso, este mundo aberto não é cheio de pequenos ícones, como acontece em Assassins Creed, por exemplo. Isso faz com que o próprio jogador tenha a curiosidade de vasculhar as áreas. E esta fórmula influenciou, inclusive, o mundo de Elden Ring.

Divulgação / Nintendo

EXTRA: Cyberpunk 2077 (lançamento: 2020)

E claro, como 11º nesta lista temos Cyberpunk 2077, o jogo que ficou marcado por diversos bugs em seu lançamento. Na verdade, até hoje ainda sofre com problemas sérios.

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Mas o fato é que, sim, Cyberpunk 2077 foi muito importante para a indústria dos games. E isto se deve justamente ao fato do jogo ter sido lançado com muitos problemas, mesmo tendo sido adiado diversas vezes.

O primeiro teaser do jogo, divulgado em 2013 causou boa impressão e, depois do ótimo trabalho com The Witcher 3: Wild Hunt (lançado em 2015), todos acreditavam que o próximo jogo da CD Projekt Red seria realmente revolucionário. Mas, ano após ano, promessas e mais promessas eram feitas e o marketing do jogo só aumentava. Foi então que, em dezembro de 2020, depois de vários adiamentos, o jogo foi lançado e… O resto da história (trágica), já sabemos.

Tiveram outros jogos lançados com problemas anteriormente, como Assassin’s Creed Unity, No Man’s Sky e até a versão de PC de Batman: Arkham Knight, por exemplo. Mas até então, a indústria de games conseguia contornar a situação. Até que chegamos ao Cyberpunk, que ficou de lição para todos, inclusive para os jogadores, não acreditarem somente nos vídeos de marketing.

O maior exemplo atual é Starfield, que a Bethesda adiou para 2023. Este aqui, segundo vazamentos, já estava conhecido como “novo cyberpunk” internamente na desenvolvedora.

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Então, podemos acreditar que o “jogo inacabado” teve também sua importância.

Divulgação / CD Projekt Red