Quem imaginaria o Grêmio jogando a Série B do Brasileirão quatro anos depois de ser campeão da Libertadores da América e ainda sofrendo para entrar no G-4 da competição? Infelizmente isso não é um pesadelo, essa é a realidade do fraquíssimo elenco do tricolor em 2022.
O time parou de sofrer gols, mas o preço para isso tem sido alto. Com um esquema que prioriza a defesa, o Grêmio completou a quinta partida terminada em zero a zero no campeonato depois do jogo com o Sport. O jogo em si foi um show de horrores, pois os times eram a primeira e a segunda melhor defesa da competição, e ainda por cima são dois dos piores ataques.
Problemas vêm piorando nos últimos anos
O Grêmio vive um problema que não é de agora, se analisarmos o tricolor nos últimos anos, desde quando Renato era técnico, o time vinha tendo problemas para marcar gols. Inclusive em 2020, foi o recordista de empates da história do Brasileirão Série A, algo inusitado para um grupo tão caro quanto o da equipe Gaúcha.
Mas desde aquela época, a situação somente piorou. Antes Everton Cebolinha e Pepê eram os craques que desequilibravam e conseguiam ajudar o sistema ofensivo já defeituoso a marcar gols. Na realidade 2019 já era assim. Quase todos os gols marcados passavam pelos pés dos craques que ocupavam a ponta esquerda do ataque.
Com o tempo os craques foram embora e agora o Grêmio tem em Ferreirinha uma esperança para a ponta esquerda do ataque. Mas o jogador já mostrou que não tem o mesmo nível dos pontas anteriores.
Em 2022, em plena segunda divisão, o Grêmio não parece conseguir encontrar a solução para seus problemas. O time é armado com a aparente intenção de evitar sofrer gols. Na última partida, além dos três zagueiros, o time jogou com dois volantes defensivos sem capacidade ofensiva alguma. É um pesadelo para a torcida, e ela deixa bem clara em todos os jogos, criticando através das redes sociais.
Thiago Santos e o uso de volantes defensivos por Roger no Grêmio
Thiago Santos, que estava afastado e já vinha sendo oferecido a outros clubes, de repente renasceu, para desespero dos gremistas. Entretanto, os problemas do jogador continuam: muitos erros de passe, saída de bola ruim e muitas faltas feitas.
Com ele, a saída de bola perde muita qualidade. Jogando com Villasanti do seu lado então, o meio campo do Grêmio desaparece. E foi o que aconteceu contra o Sport. Parece que a única jogada de ataque do tricolor no momento é os lançamentos longos para Biel e Janderson.
Além desses, há os gols do oportunista matador Diego Souza. Mas, o centroavante sem a bola some do jogo, e o Grêmio parece ter cada vez mais dificuldade de criar oportunidades de gol para ele.
Pelos lados, Edilson e Nicolas estão melhorando, mas ainda não oferecem uma compensação grande o suficiente para um meio-campo tão ausente. No ataque, Biel e Janderson são tecnicamente insuficientes e Elias está numa fase terrível. Campaz talvez parece assustado com o momento do time e a confusão tática de Roger.
A cada rodada que passa, a torcida está mais distante do time do Grêmio. Os únicos elos de ligação parecem ser os ídolos da Libertadores de 2017, principalmente Kannemann e Geromel.

