O técnico Roger Machado, como já era de se imaginar, esteve bem mais leve e aliviado depois da vitória do Grêmio pelo placar de 2×0 contra o Novorizontino, na Arena, que tirou o clube do jejum de cinco jogos seguidos na Série B. Tanto é que o treinador até contou histórias e se me permitiu brincar com os jornalistas na coletiva dada depois da partida.
Roger, que vinha bastante pressionado no cargo, contou uma história inusitada de conversa com um frentista em posto antes da partida da noite de terça-feira:
“O frentista perguntou se eu sair. Perguntei se era do meu emprego que ele falava e ele disse que sim. Eu inverti: ‘Imagina todo dia no posto que tu trabalha, e eu, como motorista, perguntando se tu perderia o emprego’. Perguntei se seria legal e ele concordou que não”, relatou.
O treinador, mantendo o bom humor, ainda falou sobre quando a sua esposa se toca que as coisas não vão bem no clube:
“Quando eu levo uma roupa a paisana, uma calça diferente, um sapato diferente na mala, a minha esposa já sente que as coisas não estão tudo bem. Ela já sabe que tem algo errado (risos)”, brincou.
Roger e a pressão no Grêmio
O técnico, no entanto, garantiu que só sentia a pressão externa e que internamente nunca imaginou estar a ponto de perder o cargo:
“Sempre tentamos deixar o ambiente interno tranquilo. Mas não conseguimos blindar completamente. A ansiedade gera erros. Foi uma vitória importante. Agora são cinco jogos de invencibilidade e muda a linha de raciocínio. Foi uma partida do mesmo nível do jogo contra o Vasco. Competimos muito e criamos oportunidades. Tem coisas a ajustar, mas fizemos bom jogo”, ampliou.
Ainda em 5° lugar na cola do G-4, o Grêmio volta a jogar na segunda-feira, a partir das 20h, fora de casa, diante do Sport Recife.

