Vítor Pereira evita falar em permanência no Corinthians: “Futebol não nos permite imaginar um futuro”
Quando foi contratado, Vítor Pereira fez questão de assinar contrato de apenas uma temporada com o Corinthians
Rodrigo Coca/Ag.Corinthians
Na briga pelo título do Campeonato Brasileiro, com a vaga bem encaminhada para as quartas de final da Copa do Brasil e sonhando com a sequência na Libertadores, o técnico Vítor Pereira evitou falar em permanência no Corinthians para a próxima temporada ao ser questionado sobre o assunto em entrevista coletiva após a empate sem gols com o Santos pela 14ª rodada do Brasileirão.
Com contrato só até o fim de dezembro, Vítor Pereira justificou o fato de ter assinado apenas um ano de vínculo com o Corinthians e afirmou que relação que tem com a diretoria é a melhor que teve em toda sua carreira de treinador.
– Nem sei se estarei vivo amanhã. Se mexer o pé amanhã, vamos ver. O futebol não nos permite imaginar um futuro. Por isso assino contrato de um ano. Estou, enquanto me sentir bem, enquanto se sentirem bem comigo. Se eu não me sentir bem, ou as pessoas comigo, por isso expliquei que só assino contrato de um ano disse Vítor Pereira.
– Não quero ser fardo para ninguém, não quero me sentindo obrigado a estar se não me sentir bem. Vamos esperar o fim da temporada. A relação que tenho com a direção é a melhor que tive na minha vida toda por onde passei. Tenho ótima relação com o clube. Estamos fazendo nosso trabalho o melhor possível, fazer com que os meninos ganhem confiança, juntar a experiência dos mais velhos e tentar formar um grupo forte. Futuro é o Boca Juniors — completou o técnico, se referindo ao confronto contra o time argentino pela fase de oitavas de final da Libertadores.
[DUGOUT dugout_id=”eyJrZXkiOiJkb2loNTVWVSIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==”]
Pressão por resultados no Corinthians:
Durante a entrevista, o treinador também falou sobre a pressão constante por resultados no comando do Corinthians. Vítor Pereira destacou a importância de “pensar no hoje e no amanhã” do clube.
— Pela experiência que temos, quando se chega a clube grande, que já não ganha título há alguns anos, normalmente aquela cobrança vai subindo, vão se passando com os anos sem títulos. O Fenerbahce não ganhava títulos há algum tempo, então a cobrança é sempre muito grande. Quando vem para o Corinthians, já sei o que as pessoas querem. Ganhar jogos, ganhar títulos, é isso que querem. Ganhamos do Santos há quatro dias, mas os torcedores, apesar dos desfalques e dos muitos miúdos, queriam a vitória, quer que se ganhe e se possível de goleada. Em três dias, querem que ganhemos do Boca de goleada se possível. Isso é a paixão dos torcedores, temos que entender isso, mas, ao mesmo tempo, se o clube pensar a médio prazo, tem que começar a estabelecer diretrizes para construir uma equipe cada vez mais forte.
— Estamos tentando fazer isso aqui. Crescer os jovens é para médio prazo, pois longo prazo para mim não existe. É pensar no hoje e no amanhã. Às vezes não existe este tempo. Os projetos acabam passados um ou dois jogos, afinal o projeto era outro. Temos que estar preparados para fazer o nosso trabalho, independentemente destas pontuações de hoje, que somos muito bons hoje, amanhã nem tanto. Com as mudanças de hoje obrigatórias, não era possível manter a mesma dinâmica do jogo de quarta-feira. Precisávamos que os lesionados estivessem disponíveis. Com menos alterações e mais qualidade, provavelmente seria possível. Quando ganha, há projeto. Quando perde, acaba o projeto. Geralmente é assim.
“A minha relação com a direção do clube (Corinthians) é a melhor que tive em minha vida toda, por onde passei.”
🎙| Vítor Pereira na coletiva pós-jogo Corinthians 0 x 0 Santos. pic.twitter.com/BzEyBZIZTx
— Coringão Pistola (@coringaopistola) June 26, 2022

