O jornalista Mauro Cezar Pereira criticou o Corinthians e a Caixa Econômica Federal pelo anúncio de um acordo de retomada dos pagamentos do clube ao banco para pagamento da Neo Química Arena. Alegando confidencialidade, as duas instituições não falaram em números e prazos, que foram comentados apenas em reportagens em off.
“Eu questionei a assessoria de imprensa da Caixa Econômica com relação a essa falta de transparência porque não me parece razoável que o clube e a Caixa façam um acordo e os torcedores do Corinthians, os sócios do Corinthians”, disse o jornalista durante o podcast Posse de Bola, do UOL.
A renda para o pagamento sairá principalmente dos naming rights da Neo Química Arena e da arrecadação da bilheteria, o que, segundo o jornalista, permite que quem pague tenha direito a saber onde seu dinheiro está indo. ”Essas pessoas, me parece, têm o direito de saber o que estão fazendo com o clube, o clube pelo qual pagam uma mensalidade ou mesmo que não pague nada, seja apenas um torcedor, sem ser associado, ‘é o clube da minha paixão, eu quero saber o que estão fazendo com ele’”, reiterou o jornalista.
Segundo ele, a resposta da Caixa foi que “não comenta os aspectos específicos de processos judiciais ou renegociações em andamento”.
O jornalista lamentou que parte da torcida reclame quando jornalistas questionam a falta de transparência da negociação. “O pior de tudo é que tem torcedor do Corinthians, e não são poucos, que não quer saber, o cara fica com raiva de quem questiona, é como se ele tivesse medo de algo que possa ser revelado para deixá-lo mais preocupado”, explicou.
O assunto se transformou em polêmica nas redes sociais porque a presidente da Caixa, Daniela Marques, ao comentar o assunto na rádio Jovem Pan, disse que “o clube não pagou nada” até agora pelo estádio. Já o diretor financeiro do clube, Wesley Melo, declarou que o Corinthians já pagou cerca de R$ 165 milhões entre juros e amortizações.

